O governo dos Estados Unidos (EUA) voltou a criticar o programa Mais Médicos, ao destacar que indivíduos ligados à iniciativa brasileira podem ser responsabilizados. A embaixada norte-americana em Brasília classificou, nesta quinta-feira, 14, a ação como um “golpe diplomático” e afirmou que seguirá cobrando consequências dos envolvidos.
Na quarta-feira 13, os EUA anunciaram sanções a brasileiros ligados ao programa, realizado pelo Ministério da Saúde.
“O programa Mais Médicos do Brasil foi um golpe diplomático que explorou médicos cubanos, enriqueceu o regime cubano corrupto e foi acobertado por autoridades brasileiras e ex-funcionários da OPAS”, declarou a embaixada. “Não restam dúvidas: os EUA continuarão responsabilizando todos os indivíduos ligados a esse esquema coercitivo de exportação de mão de obra.”
Entre as sanções foram retirados vistos de dois brasileiros que participaram da criação da iniciativa.
Um deles é Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do . O outro é Alberto Kleiman que se coloca como coordenador-geral para a COP30 da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
EUA sancionam participantes do Mais Médicos
Para o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, decisão ocorreu em função de uma retomada da “política de restrição de vistos relacionada a Cuba.”
O programa foi originalmente criado no governo de Dilma Rousseff (PT) e reativado na gestão de , a partir de 2023.
Segundo o governo norte-americano, os dois brasileiros sancionados participaram de “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano”. Entre 2013 e 2018, houve participação de médicos cubanos no programa.
Rubio ainda acrescentou que a medida se baseia na suposta cumplicidade de Sales e Kleiman com o “trabalho forçado do governo cubano”, por meio do Mais Médicos.
Fonte: revistaoeste