“O contrato é de R$ 654 milhões, mas pelas cláusulas de reajuste anual com base no IPCA, esse valor pode superar R$ 1 bilhão ao final do período. Enquanto isso, a empresa informou à CPI que as obras que realizará, como o Mercado Municipal e a requalificação de calçadas, vão custar apenas R$ 145 milhões”, declarou Dilemário.
Ele questionou ainda a vantajosidade do acordo: “Qual a vantagem econômica que o senhor viu nesse contrato?”.
Emanuel rebateu as afirmações, afirmando que o cálculo feito pelo vereador é equivocado e tenta confundir a população.
“Isso nem é conta de padeiro, é conta de butiquim. Quem investiria R$ 145 milhões para receber o mesmo valor em 30 anos? Há inflação, há correções. Estamos falando de um contrato de longo prazo. Todo preço sobe. O salário mínimo em 1995 era R$ 100, hoje é mais de R$ 1.500. É injusto tratar o contrato como se fosse estático”, respondeu.
Dilemário também apontou que a empresa não iniciou as obras previstas no contrato nos primeiros meses de 2023, mesmo após a assinatura e emissão da ordem de serviço.
Emanuel disse não se lembrar da ordem, mas afirmou que a execução estaria condicionada aos licenciamentos.
“Determinei o início, sim, desde que estivessem com tudo regularizado”, explicou.
Ainda sobre os aportes mensais da Prefeitura à CS Mobi, que começaram em R$ 675 mil e podem chegar a quase R$ 2 milhões por mês a partir de 2028, o ex-prefeito afirmou que os recursos não saem da saúde ou da educação, como sugerido pelo vereador, mas sim da Fonte 500, verba destinada a investimentos.
“É importante esclarecer: os repasses não comprometem áreas essenciais como saúde e educação. São recursos separados e previstos para esse tipo de parceria”, completou.
Fonte: Olhar Direto