Falando em Fávaro, o ministro que foi eleito senador na eleição suplementar de 2020, em virtude da cassação da ex-juíza Selma Arruda, é o único pré-candidato já cravado pela esquerda no Estado. O ministro vai tentar a reeleição e, ao mesmo tempo, busca reunir aliados para ter um candidato ao governo que o apoie.
Um dos nomes mais cotados é do ex-prefeito de Rondonópolis e ex-deputado estadual, José Carlos do Pátio (PSB). Ambos já estão rodando pelo Estado em busca de aliados e já contam com o apoio de Lúdio Cabral (PT), nome forte na esquerda em Mato Grosso.
Apesar de lutar para ser o candidato do União Brasil para disputar o Governo de Mato Grosso, Jayme Campos nunca descartou a possibilidade de tentar uma reeleição ao Senado. O problema é que o União já tem um pré-candidato, aliás, o pré-candidato mais forte na disputa, o atual governador Mauro Mendes.
Mauro termina seu mandato em 2026 e já se movimenta para ser o próximo senador mato-grossense. Além de ter sido reeleito com mais de 76% dos votos em 2022 e ter uma grande aprovação da população do Estado, Mauro ainda conta com uma base governista muito forte, que une partidos como Republicanos, PP, PSDB, MDB e PRD.
Enquanto isso, os bolsonariatas contam com a candidatura de José Medeiros (PL), que além de ter o apoio da sigla liberal em Mato Grosso, conta ainda com a força do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem o atual deputado federal é muito amigo.
Como o PL deu total apoio à campanha de Mauro Mendes em 2022, os bolsonaristas agora cobram a fatura e esperam que, em 2026, surja a dobradinha Mauro-Medeiros, trazendo assim toda a força do bolsonarismo aliado ao grupo forte e milionário de Mauro.
Já pelo MDB, quem surge é a deputada estadual Janaina Riva. A parlamentar recebeu a benção das grandes lideranças emedebistas estaduais e, na semana passada, recebeu o apoio até mesmo do ex-presidente Michel Temer (MDB). Embora seja nora de Wellington Fagundes (PL), Janaina sabe que não vai receber apoio do sogro, afinal, Wellington sonha em ser candidato a governador pelo Partido Liberal, portanto, será sua obrigação estar no palanque de José Medeiros.
O último pré-candidato anunciado foi o empresário e produtor rural Antônio Galvan, que abandonou o PTB e agora se filiou ao Democracia Cristã (DC). Embora esteja em uma sigla pequena, o ex-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) chamou a atenção nas eleições de 2022, quando concorreu ao Senado pela primeira vez.
Galvan protagonizou debates homéricos contra o então candidato Wellington Fagundes. O empresário dizia que ele era o único candidato realmente bolsonarista e até criou um apelido para Wellington, o de “candidato melancia”. O nome era para lembrar os eleitores que, no passado, Fagundes apoiou o Partido dos Trabalhadores e até pediu voto para Dilma Rousseff (PT). Ou seja, assim como uma melancia, Wellington era verde por fora, mas vermelho por dentro.
Obviamente que muita coisa pode mudar até outubro de 2026. Alguns candidatos podem desistir, outros podem surgir, mas o eleitor mato-grossense pode ter uma certeza, o pleito será acirrado.
Fonte: leiagora