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Edifício Central se torna novo polo gastronômico de Belo Horizonte

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À primeira vista, o prédio amarelo de quatro andares na Avenida dos Andradas pode parecer um espaço comercial como qualquer outro em Belo Horizonte. Ocupando um quarteirão inteiro ao lado da Praça da Estação, o Edifício Central sempre foi conhecido por abrigar gráficas, sebos, escritórios e até dentistas. Nos últimos dois anos, porém, esse mesmo endereço vem sendo redescoberto e hoje ganha entre suas lojas e corredores um polo gastronômico que movimenta a vida noturna da capital mineira.

São 18 novos estabelecimentos, entre bares, restaurantes, cafés e baladas. O que antes era visto apenas como um prédio comercial virou point para provar novos pratos e tomar uma cerveja olhando a Praça da Estação da varanda.

Gastronomia, drinks e pistas 

A virada começou em 2022, quando a paraense Fernanda Souza abriu o Flor de Jambu no segundo andar do prédio. Antes de chegar ali, ela entregava marmitas com ingredientes trazidos do Norte e, ao participar de eventos culturais no edifício, enxergou a oportunidade de abrir o restaurante. No cardápio, estão presentes pratos típicos como maniçoba, frango no tucupi e creme de cupuaçu.

Logo em seguida vieram outros empreendedores, como o sommelier de cerveja Simon Bessa, que inaugurou O Boêmio. O bar funciona no estilo de boteco com torneiras de chope e um cardápio que vai de almôndegas a prexeca de carne empanada recheada com jiló e queijo.

Já o Nucentral Comidaiada, comandado pelo chef Elian Duarte e por Erika Rodrigues, tem influências mineiras e baianas em sua culinária. O espaço busca também valorizar a gastronomia afro-brasileira, e conta com pratos como o Baianeiro, que mistura acarajé e torresmo.

Se o Flor de Jambu trouxe a comida paraense e o Nucentral levantou a bandeira da comida afro-brasileira, bares como o Baixaria ajudaram a consolidar o lado boêmio do prédio. Localizado na esquina do edifício, o bar tem varanda com vista para a Praça da Estação e uma carta de drinques autorais que inclui criações de nomes sugestivos, como Sarrada e Menáge. O cardápio, mineiro na essência, vai do cupim com queijo minas a receitas vegetarianas.

Outros espaços também se destacam. O Bar Marginal aposta em coquetelaria ‘fora da caixa’ e o La Bocaderia Central seve tapas espanholas com toque mineiro, caso do prato trio mineirinho, que combina pinchos de queijo canastra, linguiça com ovo de codorna e pernil desfiado. Para quem prefere um clima de boteco, o Trem da Central tem chope gelado, mesa de sinuca e petiscos como torresmo.

E nem só de bares vive o Edifício Central. O recém-inaugurado Bendito Grão e o Dengo Café são opções para quem prefere um ambiente mais tranquilo para tomar um café em meio ao corre do centro.

A transformação do Edifício Central

Construído em 1966, o Edifício Central foi pensado inicialmente como uma espécie de central de abastecimento, mas acabou abrigando órgãos públicos e pequenos comércios. Nos anos 1980, chegou a ter grande movimento com a Emater e a Cohab funcionando ali. No entanto, a pandemia acelerou um processo de esvaziamento, que já vinha acontecendo desde 2015.

A retomada do espaço começou a acontecer de fato com a chegada dos bares e restaurantes, em 2023. Agora, sebos, gráficas e escritórios continuam presentes, mas dividem endereço com uma boemia que se firma cada vez mais.

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Fonte: viagemeturismo

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