Dilma Rousseff assumiu a presidência do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), conhecido como Banco do Brics, em cerimônia realizada em Xangai, nesta quinta-feira, 13. O evento contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre agenda oficial na China.
Em seu discurso, Dilma afirmou que o compromisso do banco é com o desenvolvimento dos países emergentes. Segundo ela, a presidência do NDB é uma grande oportunidade de ajudar não apenas os membros do Brics — grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, mas também outros países em desenvolvimento.
O presidente Lula ressaltou que o NDB é fruto da união de economias emergentes. “Pela primeira vez um banco de desenvolvimento de alcance global é estabelecido sem a participação de países desenvolvidos em sua fase inicial”, disse. “Livre, portanto, das amarras e condicionalidades impostas pelas instituições tradicionais às economias emergentes. E mais, com a possibilidade de financiamento de projetos em moeda local.”
Dilma foi indicada por Lula e aprovada pelo conselho do NDB, em março. Seu mandato no banco será até julho de 2025. Ela substitui Marcos Troyjo, que renunciou ao cargo por pressão do governo petista, que exigia indicar um nome do PT para a chefia da instituição.
A petista deve receber um salário mensal de pelo menos R$ 290 mil no novo cargo. Com base no último balanço anual divulgado pelo NDB, o total pago em salários e benefícios aos seis postos de chefia do banco, composto pela presidência e cinco vice-presidências, é de US$ 4 milhões por ano.
O Banco do Brics foi criado em 2014 durante a cúpula do grupo no Ceará, e tem como objetivo apoiar financeiramente projetos de desenvolvimento sustentável dos países membros e de outras economias emergentes.
Atualmente, além dos membros originais, o banco também conta com Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.
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Fonte: revistaoeste
