Com experiência em feiras e bazares há muitos anos, ela manteve um ateliê na Praça da Mandioca ao lado do marido, o fotógrafo Rai Reis. O espaço se tornou ponto de encontro artístico e cultural, impulsionando eventos que integravam diferentes públicos.
Depois, passou a participar dos bazares do Bendito Mercado e, mais tarde, das edições realizadas na rua 24 de Outubro com Soraia Mourão e Juliana Albernaz, no Gabinete Antes do Café. Atualmente, o trio produz o Bazar na Vila, na Vila D’Fátima, na Avenida 8 de Abril, em Cuiabá.
“O setor da economia criativa cresceu muito, é uma tendência que li em muitos sites de designer e arquitetos, costumo consumir muito, eles apontam que vai haver um boom do feito à mão em 2026. Antigamente as pessoas tinham um pouco de preconceito, principalmente o mercado de luxo, mas hoje não, o rústico está chegando com tudo com a cerâmica, a madeira e o crochê. Mesmo nos ambientes luxuosos”, comenta Adriana.
Para ela, 2026 será o ano em que esse movimento vai explodir. A mudança no comportamento do público ajuda a explicar o cenário: “Antigamente as pessoas tinham um pouco de preconceito, principalmente o mercado de luxo, mas hoje não. O rústico está chegando com tudo, com a cerâmica, a madeira e o crochê. Mesmo nos ambientes luxuosos”.
A saturação do ambiente digital também tem papel importante nessa guinada. Em meio ao ritmo acelerado da tecnologia, consumidores buscam objetos que carregam história e personalidade. “Acho que as pessoas estão meio cansadas, querendo voltar às origens. Estão muito mais interessadas no feito à mão”, afirma.
Segundo ela, peças artesanais têm identidade evidente, despertam afeto e ajudam a criar lares que contam narrativas próprias. Ao mesmo tempo, percebe que muita gente passou a utilizar manualidades como hobby para aliviar o estresse e cuidar da saúde mental.
“As artes manuais podem melhorar a saúde, reduzir estresse e ansiedade. Hoje, por exemplo, se você for na Poesy, que é uma loja que muitas pessoas que trabalham com artes manuais frequentam, está lotada. A intenção das feiras é valorizar o comércio local e os pequenos empreendedores que estão no nosso entorno. No bazar, por exemplo, a maioria vive do feito à mão. Queremos fortalecer isso também por trabalhar com manualidades, mas não apenas o nosso, queremos fortalecer o entorno, criar uma rede”.
As feiras locais refletem essa mudança, com objetivo principal de valorizar a economia criativa, 17 pessoas ficaram na fila de espera para expor no Bazar da Vila. De acordo com Adriana, cerca de 300 visitantes circularam pelo evento nos dias 5 e 6 de dezembro, reforçando o interesse crescente do público.
Fonte: Olhar Direto






