Neste domingo, dia 7 de setembro, vai acontecer o eclipse lunar total mais longo de 2025. A “Lua de Sangue”, fase total do eclipse, vai durar 1 hora e 22 minutos. Durante esse período, o satélite natural da Terra vai estar vermelhinho.
2025 é um ano com dois eclipses lunares. O primeiro aconteceu em março. Esse tipo de evento acontece quando há um alinhamento perfeito entre Terra, Lua e Sol, com nosso planeta bem no meio do sanduíche. Quanto mais perfeito o alinhamento, mais tempo dura o eclipse.
A sombra da Terra oculta o satélite natural, mas a Lua não desaparece completamente. Ela ainda recebe um pouco de luz do Sol, filtrada pela atmosfera da Terra: alguns raios foram desviados para chegar no satélite, outros ficaram aqui no nosso planeta.
As ondas azuis e violetas ficam na atmosfera terrestre, mas a luz vermelha e laranja, que tem um comprimento de onda maior, são refratadas e chegam até a Lua, que acaba ficando com uma coloração de pôr do sol, avermelhada ou alaranjada (esse fenômeno, conhecido como “dispersão de Rayleigh”, também é o responsável pela cor linda do céu no fim de tarde).
O evento astronômico começará perto de 12h30 do domingo de Independência, horário de Brasília. Mas esse não deve ser um feriado tão bacana do ponto de vista astronômico.
Eclipses lunares só são visíveis por metade da Terra, e esse não vai ser visível do Brasil, pelo menos não nas fases total e parcial. Mas isso não é motivo para ignorar o eclipse, que poderá ser visto pela internet (mais sobre isso adiante).
Só vai dar para enxergar a Lua de Sangue em toda sua glória na metade oeste da Austrália, nas partes centrais da Europa e da Ásia, no extremo leste da África e na Antártida.
Em outros cantos do mundo, será possível observar as partes parciais ou penumbrais do eclipse, anteriores ou posteriores à sua fase total. Isso vai ser possível no leste da Ásia e da Austrália, na África e no leste da Europa.
Aqui no Brasil, só dará para ver a penumbra depois do eclipse total no extremo leste do País, quando a Lua estiver nascendo no fim da tarde e só uma parte dos raios solares estiver sendo bloqueada.
Infelizmente, isso não significa que vai dar para ver muita coisa: no eclipse penumbral, não dá para perceber diferença a olho nu na luminosidade do satélite natural.
A boa notícia é que o Observatório Nacional do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) vai transmitir em seu canal de YouTube imagens da Lua de Sangue. A transmissão vai começar às 12h, e o eclipse penumbral começa, oficialmente, às 12h28. O eclipse total, quando o satélite fica todo vermelho, só começa às 14h31, e continua até 15h53. Não é o mesmo que ver diretamente, mas ainda é bem legal.
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Fonte: abril