Em discurso no Departamento de Justiça (DoJ), o presidente norte-americano, Donald Trump, relembrou duas medidas tomadas por ele — uma delas no seu primeiro governo, em 2017; e a outra em janeiro deste ano.
Ele ressaltou que perdoou prisioneiros políticos supostamente envolvidos na invasão do , ocorrida em 6 de janeiro de 2021. Além disso, demitiu os funcionários do FBI, a polícia federal norte-americana, responsáveis por persegui-los.
“Perdoei centenas de prisioneiros políticos que foram grosseiramente maltratados”, disse Trump, na sexta-feira 14, no DoJ. “Removemos os funcionários do alto escalão do FBI que desviaram recursos para enviar equipes da Swat (polícia especializada dos EUA) perseguirem avós e reféns do 6 de janeiro. Foi uma grande honra para mim demitir James Comey. Uma grande, grande honra. Nunca houve dia melhor.”
No dia 20 de janeiro deste ano, Trump concedeu o perdão presidencial para cerca de 1,5 mil acusados pela invasão do Capitólio. Essa foi uma das primeiras medidas adotadas logo depois de sua posse como presidente.
Já a demissão de James Comey, mencionada pelo presidente no discurso, ocorreu em 9 de maio de 2017, no primeiro mandato de Trump. Comey ocupava o cargo de diretor do FBI. Na ocasião, a justificou a ação ao afirmar que seguiu recomendações do então procurador-geral, Jeff Sessions.
Na última sexta-feira, no entanto, Trump relembrou o episódio e deu mais detalhes do que motivou a demissão.
“Muitas pessoas disseram: ‘É uma pena que você tenha feito isso’, mas, sabe de uma coisa?”, perguntou o presidente dos EUA. “Um tempo depois, essas mesmas pessoas disseram que isso salvou o governo por causa do nível de corrupção que descobrimos depois disso. Acontece que eles estavam fazendo, de fato, coisas muito ruins. Ele [Comey] era uma pessoa terrível, fez coisas terríveis e perseguiu pessoas, e tudo sob o disfarce de ser um anjo.”
Trump cria força-tarefa para combater intolerância contra cristãos
Em seguida, Trump destacou que o Departamento de Justiça agora tem uma nova força-tarefa, que vai “lutar contra o preconceito anticristão”. Ele afirmou que, com a ajuda do novo diretor do FBI, Kash Patel, está tirando os agentes do FBI da sede do governo em Washington, D.C, e colocando-os de volta às ruas para prender criminosos.
O anúncio da criação do grupo para combater o preconceito e o aparelhamento anticristão das instituições de Estado ocorreu em 6 de fevereiro, durante discurso no Café da Manhã Nacional de Oração, um evento anual que acontece no Capitólio.
De acordo com o decreto, a força-tarefa será composta de integrantes de 17 departamentos e agências com duração de ao menos dois anos. O objetivo é revisar as atividades de todos os departamentos do Executivo e as agências, para “identificar políticas, práticas ou condutas anticristãs ilegais”.
Fonte: revistaoeste