O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, na terça-feira 12 o nome de John Ratcliffe para diretor da AgĂȘncia Central de InteligĂȘncia (CIA, da sigla em inglĂȘs) em seu novo mandato.
Ratcliffe serviu como diretor de InteligĂȘncia Nacional () nos Ășltimos meses de seu primeiro mandato de Trump, quando liderou as agĂȘncias de espionagem norte-americanas durante a pandemia de covid-19 e por ocasiĂŁo de rumores de interferĂȘncia externa na eleição de 2020.
Como responsåvel pelo DNI, Ratcliffe participou de uma coletiva de imprensa poucas semanas antes da eleição de 2020. Ele e outros oficiais acusaram o Irã de ser responsåvel por uma série de e-mails destinados a intimidar eleitores nos EUA.
Ratcliffe tambĂ©m liberou documentos de inteligĂȘncia russa que alegavam conter informaçÔes prejudiciais sobre os democratas nas eleiçÔes de 2016, apesar de admitir que essas informaçÔes nĂŁo tinham sido verificadas.
O republicano foi eleito para o Congresso em 2014 e ganhou visibilidade em 2019, como defensor de Trump durante o primeiro processo de impeachment sofrido pelo entĂŁo presidente.
âEste Ă© o impeachment mais fraco, rĂĄpido e sem fundamento que nosso paĂs jĂĄ viuâ, disse o futuro diretor da CIA, logo depois de a CĂąmara votar pelo impeachment de Trump por causa de uma ligação que ele teve com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Quando o ex-procurador especial Robert Mueller compareceu ao ComitĂȘ JudiciĂĄrio da CĂąmara para testemunhar sobre a investigação de interferĂȘncia russa nas eleiçÔes de 2016, Ratcliffe foi um dos questionadores que mais criticavam o relatĂłrio produzido pelo procurador.
Novo diretor da CIA Ă© um incisivo crĂtico da China
Ratcliffe adota uma postura crĂtica em relação Ă China, que considera ser a principal ameaça aos interesses dos EUA e ao restante do mundo livre. Sua visĂŁo se alinha Ă de outros servidores da administração Trump, como , escolhido por Trump para conselheiro de segurança nacional.
âA inteligĂȘncia Ă© clara: Pequim pretende dominar os EUA e o restante do planeta economicamente, militarmente e tecnologicamenteâ, escreveu Ratcliffe em um artigo publicado no The Wall Street Journal em dezembro de 2020.
âMuitas das principais iniciativas pĂșblicas da China e empresas proeminentes oferecem apenas uma camada de camuflagem para as atividades do Partido Comunista ChinĂȘs.â

A China se prepara para novas tensĂ”es com a administração Trump, enquanto autoridades de segurança nacional e inteligĂȘncia que monitoram a China seguem preocupadas com espionagem econĂŽmica, ataques cibernĂ©ticos, avanços tecnolĂłgicos e disputas sobre Taiwan que podem deteriorar ainda mais as relaçÔes.
Fonte: revistaoeste