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Do financiamento acessível a modelos exclusivos: 4 estratégias da Toyota que mexeram com o público brasileiro

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De financiamento a modelos inacessíveis: 4 vezes que a Toyota “brincou” com o público brasileiro

Descubra 4 estratégias da Toyota que decepcionaram o consumidor brasileiro: do polêmico financiamento residual e a saída de modelos populares, à ausência de ícones como Tundra e os altos preços dos carros híbridos.

Toyota é, sem dúvida, uma das marcas mais admiradas do Brasil, com uma reputação de confiabilidade quase inabalável. No entanto, sua estratégia para o mercado nacional, muitas vezes, parece caminhar em sentido oposto aos desejos e ao poder aquisitivo do consumidor médio.

4 vezes que a Toyota “brincou” com o público brasileiro

Entre planos de financiamento complexos, a ausência de modelos acessíveis e a exclusão de ícones globais, listamos quatro momentos em que a montadora japonesa parece ter testado a paciência (e o bolso) do público brasileiro.

1. O Enigma do Financiamento com Taxa Residual

A Toyota tem incentivado a compra de seus carros por meio de planos de financiamento que, à primeira vista, oferecem parcelas atraentes. A chave do mistério, contudo, está na chamada “taxa residual” — o valor final que precisa ser quitado.

Observe um exemplo:

Condição Valor
Preço à vista R$ 199.990,00
Entrada R$ 103.994,80
Parcelas (48x) R$ 2.212,49
Taxa de Juros 1,52%
Residual (parcela final) R$ 59.997,00

As 48 parcelas já não são baixas, o cliente é obrigado a pagar mais de R$ 59 mil no final do contrato. A intenção da marca é que, neste momento, o cliente utilize o próprio carro como entrada na troca por um modelo zero quilômetro. Para o consumidor, a sensação é de que o carro nunca é totalmente quitado, mantendo-o refém da concessionária e do ciclo de troca.

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Captura de tela

2. A Barreira do “Carro de Entrada”

Acessibilidade é uma palavra que parece ter sumido do dicionário da Toyota no Brasil. Com a recente saída de linha do Yaris (hatch e sedan), o consumidor que busca um modelo zero-quilômetro da marca encontra uma barreira de preço elevada.

O Corolla sedã, em sua versão de entrada, estabelece o novo piso de preços da montadora, flertando com a casa dos R$ 160.000,00 (preço de referência). Em um país onde a maioria das vendas se concentra no segmento de compactos e SUVs de entrada, a estratégia de abandonar a faixa de preço popular e focar apenas em modelos médios ou SUVs mais caros é um claro sinal de que a marca não visa mais o comprador de primeiro carro zero.

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Etios foi  oúltimo “carro popluar” – Foto: Divulgação

3. Ícones Globais Excluídos

Enquanto entusiastas brasileiros sonham, a Toyota exibe em outros mercados — até mesmo em países emergentes como a Índia — modelos que poderiam aquecer o segmento de picapes e veículos de nicho por aqui.

A ausência de picapes consagradas globalmente, como a gigantesca Tundra e a robusta Tacoma, é um ponto constante de frustração. Embora a Tundra já tenha sido registrada no Brasil (o que sugere estudos para sua importação), a decisão de não trazê-los oficialmente força os consumidores a recorrerem à importação independente, pagando preços exorbitantes. Essa postura priva o mercado de diversidade e de modelos que cimentaram a fama de durabilidade da marca no exterior.

Tacoma - Foto: DivulgaçãoTacoma - Foto: Divulgação
Tacoma – Foto: Divulgação

4. Eletrificação Caríssima

A Toyota é pioneira global na tecnologia híbrida, mas o acesso a essa inovação no Brasil é restrito a uma parcela da população.

Atualmente, o Toyota Corolla Hybrid (sedã ou Cross) é o modelo híbrido mais “acessível” da marca, com preços que superam a barreira dos R$ 199.990,00 na versão sedã (Corolla Altis Hybrid). Em um cenário global onde a eletrificação busca se popularizar, manter o híbrido flex em uma faixa de preço tão elevada é visto por muitos como uma falha em democratizar a tecnologia, limitando a transição energética a clientes de alto poder aquisitivo.

Na sua opinião, qual desses pontos mais prejudica a imagem da Toyota no Brasil? Comente abaixo!

 


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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

Fonte: garagem360

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