A projeção do afirma que a do governo brasileiro deve alcançar 84,3% do em 2028, segundo as estimativas atualizadas apresentadas no Relatório de Projeções Fiscais do Tesouro Nacional.
O documento mostra um aumento progressivo a partir dos 76,5% registrados para 2024, com previsão de chegar a 79% em 2025.
O relatório detalha que a trajetória da Dívida Bruta do Governo Geral continuará subindo anualmente até 2028, quando atinge o maior patamar. Depois desse pico, a expectativa é de recuo gradual, chegando a 82,9% do PIB em 2035.
O Ministério da Fazenda atribui essa elevação principalmente ao patamar elevado dos juros nominais e ao deficit primário, mesmo diante do crescimento do PIB.
“Devido ao nível mais alto dos juros nominais e do deficit primário, a DBGG/PIB deve registrar aumento de 2,5 p.p. do PIB em 2025 em comparação com 2024, a despeito da contribuição do PIB freando esse aumento”, explicou o relatório.

Sobre o desempenho fiscal, a equipe do governo prevê deficits nas contas públicas em 2025 e 2026. Os saldos negativos estimados são de 0,3% do PIB neste ano e de 0,2% em 2026, considerando o setor público consolidado, que inclui União, Estados, municípios e estatais.
Restrito às contas do governo central, que engloba o governo federal e o Banco Central, os deficits projetados são de 0,4% do PIB em 2025 e de 0,2% no ano seguinte.
O resultado primário revela se as receitas do governo foram suficientes para cobrir as despesas, excluindo os juros da dívida. Quando há deficit primário, isso indica a necessidade de endividamento antes mesmo do pagamento dos juros.
Já o resultado nominal, diferente do primário, agrega também as despesas com os juros, oferecendo uma visão mais ampla sobre a saúde fiscal do país.
Segundo o Ministério da Fazenda, o Brasil continuará registrando deficit nominal até 2035. Em 2025, a projeção é de 8,8% do PIB, caindo para 8,3% em 2026. Isso mostra que, mesmo com superavit primário, os juros altos ainda mantêm as contas no vermelho.
A estimativa é que a receita líquida alcance 18,5% do PIB em 2025, ligeiramente acima dos 18,4% previstos para 2024, e chegue a 19,1% em 2029. Já as despesas devem se manter em 18,8% entre 2024 e 2025, subindo para 19% em 2026.
O governo admite que pode propor novas medidas para aumentar a arrecadação e equilibrar as contas, garantindo o cumprimento das metas fiscais. Além disso, a previsão é de que o PIB cresça, em média, 2,7% ao ano nos próximos anos.
Fonte: revistaoeste