Alvo de racismo e xenofobia, a versão live-action de“Branca de Neve” deu um prejuízo estrondoso para a Disney. Estimativas de mercado apontam que o filme teve orçamento de US$ 250 milhões, fora os gastos em marketing, e só retornou US$ 168 milhões para os cofres da empresa. Ou seja, o longa-metragem não conseguiu se pagar após três finais de semana em cartaz.
(Foto: Disney)
O fracasso da “Branca de Neve” com Rachel Zegler (atriz que protagonizou o bem sucedido “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”), também massacrado pela crítica especializada, faz a Disney repensar seus próximos projetos. A adaptação da animação “Enrolados” (2010) para o live-action foi suspensa, pelo menos temporariamente, segundo o site The Hollywood Reporter.
A Disney já havia escalado Michael Gracey (de “O Rei do Show”) para a direção e Jennifer Kaytin Robinson (de “Thor: Amor e Trovão“) para o roteiro. “Ainda não se sabe se ‘Enrolados’ seguirá em frente ou passará por uma reformulação criativa”, diz o veículo norte-americano. Mas a Disney puxou o freio no projeto.
(Foto: Disney)
Vale ressaltar que a empresa tem outros live-actions derivados de animações a caminho. “Lilo & Stitch” está com estreia marcada para maio e “Moana” deverá chegar aos cinemas em julho de 2026, na esteira do sucesso da animação “Moana 2” (2024).
Controvérsias envolvendo a Branca de Neve de Rachel Zegler
O filme sofre ataques conservadores, xenofóbicos e racistas desde que a atriz Rachel Zegler foi escalada para o papel principal. Ela não é “branca como a neve”, como a descrição original da personagem do conto de fadas. Rachel Zegler é descendente de colombianos e poloneses e, portanto, considerada uma latina nos Estados Unidos.
(Foto: Divulgação / Disney)
Sua avó é uma imigrante colombiana, que chegou aos Estados Unidos nos anos 1960. A etnia da atriz foi o suficiente para uma revolta nas redes sociais e ela chegou a ser atacada pessoalmente, com pessoas indo xingá-la na porta de sua casa. Em resposta, Rachel disse que não usaria alvejante em sua pele.
Fora o caráter discriminatório, Rachel Zegler desagradou grande parte do país ao se posicionar contra Donald Trump e seus eleitores. Quando ele venceu a eleição presidencial, Rachel disse: “mais quatro anos de ódio, nos inclinando para um mundo em que não quero viver. Nos inclinando para um mundo em que será difícil criar minha família”. Ela ainda citou a frase “espero que nunca conheçam a paz”, de Ethel Cain.
Fonte: portalpopline