Taboão da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo, conquistou em 2022 o título de município mais denso do Brasil, com impressionantes 13.416 habitantes por quilômetro quadrado. Em um território de pouco mais de 20 km², onde não há um palmo de terra não ocupado, o desafio de dirigir é, literalmente, uma questão de sobrevivência no trânsito.

Como é dirigir na cidade mais “apertada do Brasil”

Com uma população que ultrapassa 273 mil moradores, Taboão da Serra se transformou em um “formigueiro humano” que trocou o crescimento horizontal pela verticalização e a requalificação urbana. Para o motorista, isso se traduz em um cotidiano de ruas apertadas e um fluxo incessante de veículos.

A cidade faz divisa com São Paulo e é um exemplo clássico de conurbação, onde as áreas urbanas se fundem sem que o motorista perceba que cruzou a fronteira municipal. Essa proximidade estratégica com a capital é, ironicamente, a principal causa do tráfego intenso.

Milhares de moradores se deslocam diariamente para trabalhar em São Paulo, fazendo com que o trânsito seja quase sempre caótico, especialmente nos horários de pico.

A principal espinha dorsal da cidade, a Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), que liga São Paulo a Curitiba, corta o município e funciona como um termômetro do estresse viário. Acidentes e o alto volume de veículos na rodovia têm um impacto imediato nas vias internas, como a Avenida Laurita Ortega Mari e a Rua Dr. José Maciel.

Os pontos críticos para o motorista

1. A Régis Bittencourt e o Rodoanel: Embora a cidade seja cortada pela Régis e tenha fácil acesso ao Rodoanel Mario Covas, o motorista precisa de paciência redobrada. O fluxo intenso e o grande número de acessos e saídas transformam a experiência em um verdadeiro “anda e para”.
2. Vias de Acesso à Capital: Rotas como a Avenida Francisco Morato, Avenida Eliseu de Almeida e Estrada do Campo Limpo são vias de escape e entrada, mas frequentemente congestionadas por conta do movimento pendular entre Taboão e São Paulo.
3. A Busca por Vagas: Em uma cidade onde o território é totalmente ocupado, o estacionamento se torna uma luta diária. Relatos de estacionamento irregular que prejudica o transporte público e medidas como limite de tempo para estacionar (com pisca-alerta ligado) em áreas centrais, mostram a dificuldade em conciliar o alto número de veículos com o espaço físico limitado.
4. Imprevistos Frequentes: Obras da Sabesp, interdições e acidentes são eventos que, em uma cidade tão densa, provocam rapidamente grandes congestionamentos. É fundamental que o motorista esteja atento a notícias e aplicativos de trânsito em tempo real.

 

O Kit de sobrevivência do motorista em Taboão

Dirigir em Taboão da Serra exige mais do que habilidade; exige preparo mental e paciência:

• Paciência e Calma: Evitar acelerações e frenagens bruscas é essencial. O trânsito lento é a regra, não a exceção.

• Atenção Redobrada: Pedestres, que podem disputar espaço com os veículos, e motociclistas que circulam pelos corredores exigem foco constante.

• Planejamento: Se possível, a principal dica é evitar os horários de pico. Para quem não pode fugir deles, o planejamento da rota e o monitoramento em tempo real são cruciais.

• Distância Segura: Em engarrafamentos e vias de alto fluxo, a regra de conseguir enxergar o pneu traseiro do veículo da frente é fundamental para prevenir acidentes.

O cenário de Taboão da Serra é um microcosmo dos desafios da mobilidade nas grandes metrópoles, onde cada metro quadrado é valioso e a disputa por espaço no asfalto é acirrada.

Comente abaixo! Qual a via mais desafiadora da cidade e qual a sua melhor dica para enfrentar o trânsito?

 

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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.