De olho nos marketplaces

Marketplaces são plataformas que anunciam produtos de várias lojas. Leia-se: Amazon, Mercado Livre, Casas Bahia, Magalu… O nome confere credibilidade, mas nem sempre os produtos saem daquela marca. O bloco “vendido e entregue por” revela de qual loja você de fato está comprando. Golpistas criam lojas falsas às vésperas da Black, adicionando vendas e comentários fake. Cheque a data de criação das lojas antes de comprar.
Cartão ou PIX?

Ambos são válidos. Se for no cartão, faça operações em carteiras digitais, como PagSeguro ou PayPal. Evite colocar seus dados direto no site da loja. Se possível, use um cartão virtual, que expira depois de algumas horas. O PIX é um método seguro, mas estornar o valor caso você transfira para um golpista é um processo bem burocrático. Verifique todas as informações e pense duas vezes antes de apertar o botão.
Mestres da imitação

Phishing é o nome dado à prática de criar sites falsos que se passam por outros, com o mesmo nome, logomarca e design do original. Eles chegam a você por meio de SMS, e-mail ou WhatsApp, ou até como post patrocinado no Google. Em vez de clicar nesses links, escreva o endereço do site diretamente na barra de navegação.
Montanha-russa de preços

Um clichê, mas que vale a menção: as lojas aumentam o preço dos produtos antes da Black Friday para que as ofertas pareçam mais atrativas. Para evitar cair nessa, monitore preços em sites como Buscapé. Também fique ligado no carrinho de compras: alguns produtos aumentam de preço quando vão parar lá.
Algumas lojas usam IA para criar imagens de modelos usando o produto. Verifique se há fotos isoladas, que mostrem detalhes do item, para não se frustrar em casa.
Desconfie de mensagens e e-mails que pedem o pagamento de mais taxas, do tipo “seu pagamento não foi autorizado” ou “sua compra precisa de frete extra”. Pode ser golpe. Verifique diretamente no site oficial.
Tire print do anúncio no site, foto do produto, prazo de entrega e o que mais conseguir no ato da compra. As lojas podem editar essas informações posteriormente. As imagens servirão de evidência caso você tenha algum problema com a compra.
Caso tenha problema com a compra, tente resolver com a loja ou poste a queixa no Reclame Aqui. Deixe o Procon, mais lento,
como última alternativa.
Fonte: Carlos Rafael Gimenes das Neves, professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM)
Fonte: abril






