Financiamento de carro atrasado? Saiba o que fazer antes da busca e apreensão
Atrasou o financiamento do carro? Veja o cronograma de riscos (negativação e busca/apreensão) e as 3 ações imediatas para negociar a dívida e proteger seu veículo.
Atrasar o pagamento do financiamento do carro é uma situação delicada que, se não for tratada rapidamente, pode resultar em graves consequências, como a negativação do nome e, no pior cenário, a busca e apreensão do veículo. A recomendação de especialistas e instituições como o Serasa é clara: a ação mais importante é a negociação imediata da dívida com a instituição financeira.
Financiamento de carro atrasado: o cronograma da inadimplência
Entender o cronograma de riscos e agir rapidamente pode ser a chave para evitar a perda do seu automóvel. As consequências de não pagar a parcela do carro são progressivas e se intensificam com o tempo:
- Até 30 dias de Atraso: Neste estágio inicial, o impacto é a aplicação de juros moratórios e multas sobre o valor da parcela. O banco ou financeira inicia o contato com notificações de cobrança.
- Entre 30 e 60 dias de Atraso: O risco aumenta consideravelmente. A partir de 30 dias, a instituição financeira já está autorizada a solicitar a inclusão do seu nome nos cadastros de inadimplência (como SPC e Serasa).
- Após 60 dias de Atraso (Em Média): É neste ponto que a situação se torna crítica. A financeira pode dar entrada em um processo judicial de busca e apreensão do veículo.

Como evitar a busca e apreensão
A intervenção da Justiça só ocorre após a consolidação da inadimplência. Para evitar chegar a esse ponto, o consumidor deve tomar as seguintes atitudes:
- Avalie sua Situação: Antes de procurar o credor, faça um diagnóstico real das suas finanças. Defina um valor que você consegue pagar mensalmente para propor uma renegociação.
- Procure a Financeira: O contato proativo é essencial. Negocie diretamente com o banco ou utilize plataformas de renegociação de dívidas, como o Serasa Limpa Nome, para buscar um plano de pagamento que caiba no seu bolso.
- Proponha uma Renegociação: Peça a repactuação do contrato, que pode envolver o alongamento do prazo de pagamento para reduzir o valor das parcelas, ou a quitação total da dívida com desconto (se o valor for viável).
- Formalize e Cumpra o Acordo: Nunca aceite acordos verbais. Exija que todas as condições renegociadas sejam formalizadas por escrito. Após o acerto, o mais importante é manter o compromisso para que a situação não se repita.
Se o veículo já foi apreendido
Caso o processo judicial tenha avançado e a busca e apreensão já tenha sido executada, as opções ainda existem, mas exigem agilidade:
Procure Ajuda Especializada: Contratar um advogado especializado em direito do consumidor e bancário é crucial. O especialista poderá analisar o processo (que geralmente corre sob alienação fiduciária) em busca de possíveis irregularidades na cobrança ou na notificação.
Purga da Mora (Quitação): A Lei permite que o devedor quite a integralidade da dívida (o valor total do contrato em aberto, incluindo parcelas vencidas e futuras) em até cinco dias após a efetiva apreensão do veículo para ter o bem de volta, conforme entendimento jurisprudencial consolidado no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Questionamento Judicial: Em alguns casos, pode ser possível questionar judicialmente o valor da dívida cobrada pela financeira, que muitas vezes inclui taxas e juros abusivos.
Qual sua maior dificuldade ao renegociar dívidas? Compartilhe sua experiência para ajudar outros leitores!
Escrito por
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
Fonte: garagem360






