Segundo informação enviada pelo próprio órgão, o principal vício identificado foi o lançamento de informações falsas sobre a realização de exames e cursos obrigatórios nos processos de habilitação. As fraudes ocorriam, em geral, durante a transferência de processos de outros Estados e foram detectadas a partir do monitoramento técnico do Detran-MT, que identificou um volume atípico de registros vinculados a uma mesma localidade e aos mesmos profissionais credenciados em outra unidade da federação.
Ainda conforme o órgão, há investigação em andamento na Polícia Judiciária Civil sobre a possível participação de autoescolas e servidores públicos nos esquemas. Internamente, o Detran-MT conduz um Processo Administrativo Disciplinar contra um servidor, que foi afastado das funções desde 2022.
A notificação foi assinada pelo gerente de Regularização de Habilitação, Reinaldo Martins Pacheco, e pelo diretor de Habilitação e Veículos, Alessandro Alencar de Andrade.Os investigados têm o prazo de dez dias corridos para apresentar defesa por escrito, sob pena de julgamento à revelia.
A investigação tem base no artigo 263 do Código de Trânsito Brasileiro, combinado com a legislação estadual vigente e o Decreto nº 1.550/2025. O Detran informou que comunica imediatamente a Polícia Judiciária Civil sempre que há indícios de fraude. A relação dos nomes e respectivos registros está disponível na íntegra no Diário Oficial.
Fonte: Olhar Direto