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Desespero ou oportunidade: Novo CEO da Nissan está aberto a parcerias com a Honda e outras marcas

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Desespero ou oportunidade: Novo CEO da Nissan se diz “muito aberto” a parceria com a Honda (e quem vier)

Saiba como o novo CEO da Nissan está reabrindo negociações com a Honda. Descubra a lógica por trás da possível colaboração em SUVs grandes e como a parceria pode ser a chave para o futuro financeiro da montadora.

Nissan, sob a liderança de seu novo CEO, Ivan Espinosa, está redefinindo sua estratégia global e se mostrando “muito aberta” a parcerias. 

Novo CEO da Nissan se diz “muito aberto” a parceria com a Honda

Em uma série de conversas com a imprensa, executivos da montadora japonesa confirmaram que as negociações com a Honda, que tiveram uma tentativa de fusão fracassada no passado, nunca foram completamente interrompidas e agora estão ativamente em andamento, explorando novas vias de colaboração.

A abordagem do novo CEO é clara e pragmática. Em vez de resistir à ideia de colaboração, a Nissan vê as parcerias como o segredo para o futuro do setor.

 “Eu diria que, em relação a parcerias em geral, estamos muito abertos”, disse Espinosa. Para ele, o futuro da indústria será “muito interessante” e “o segredo do futuro é como construir parcerias eficientes que agreguem valor à sua empresa. Isso pode assumir diversas formas e formatos.”

Novo CEO da Nissan se diz "muito aberto" a parceria com a Honda - Foto: ReproduçãoNovo CEO da Nissan se diz"muito aberto" a parceria com a Honda - Foto: Reprodução
Novo CEO da Nissan se diz “muito aberto” a parceria com a Honda – Foto – Rperodução

 

Guillaume Cartier, diretor de desempenho da Nissan, corroborou essa visão, confirmando que as conversas com a Honda são constantes. “Nunca paramos” de falar com a Honda, afirmou.

O objetivo é claro: ambas as empresas buscam ativamente maneiras de colaborar em projetos de veículos elétricos, software e inteligência artificial, como já havia sido anunciado em março de 2024. O trabalho é contínuo e, segundo os executivos, já está gerando frutos. 

“Estamos trabalhando com eles todas as semanas porque temos muitos projetos em andamento”, disse Espinosa.

A lógica por trás da união: SUVs grandes

A colaboração não se limita a projetos de tecnologia. Executivos da Nissan sugeriram que um ponto de partida natural para a parceria seriam os SUVs grandes, um segmento crucial, especialmente no mercado dos Estados Unidos.

Ponz Pandikuthira, diretor de planejamento da Nissan para a América do Norte, explicou a lógica por trás da ideia. Ele usou o exemplo de um SUV grande para ilustrar a economia de escala.

 “As conversas com a Honda, [Espinosa] foi muito clara com todos vocês, continuam. Elas nunca pararam. Estamos pensando em fazer programas individuais com eles”, disse Pandikuthira. Ele continuou, “mas se você fizer a próxima geração dos nossos SUVs grandes, isso terá que substituir um Pathfinder, um Murano, um QX60 e um QX65… Quatro veículos. E você sabe que esses mesmos veículos têm equivalentes na Honda.

Então, se você desenvolver uma plataforma comum com eles, em vez de talvez apenas 200.000 unidades, você estará desenvolvendo imediatamente para 200.000 unidades. Você pode ver como é possível controlar os custos variáveis ​​muito rapidamente.”

A colaboração em uma plataforma única permitiria que ambas as empresas aumentassem o volume de produção e reduzissem os custos de desenvolvimento, uma estratégia essencial para a Nissan em meio a seus desafios financeiros.


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Novo CEO da Nissan se diz “muito aberto” a parceria com a Honda – Foto: Divulgação

Enfrentando a crise e olhando para o futuro

Apesar de ter um caixa robusto de cerca de 1 trilhão de ienes (aproximadamente US$ 6,7 bilhões), a Nissan precisa resolver seu problema de “geração de fluxo de caixa”. Isso significa que a empresa precisa aumentar a lucratividade e, ao mesmo tempo, cortar custos.

A colaboração com a Renault e a Mitsubishi já ajuda, mas a parceria com a Honda poderia ser um catalisador para a recuperação financeira.

Além da Honda, outras empresas, como a gigante taiwanesa Foxconn, já manifestaram interesse em uma parceria. A busca por um parceiro estratégico é vista como uma forma de garantir a viabilidade futura da Nissan, que precisa de um “plano B” caso seus esforços de corte de custos e a nova ofensiva de produtos não resolvam a situação rapidamente.

A saída do ex-CEO da Nissan também pode ter sido um ponto-chave, já que o Financial Times informou que a Honda estaria interessada em retomar as negociações se Makoto Uchida renunciasse.

A postura de Ivan Espinosa demonstra uma nova era para a Nissan, em que a colaboração, e não a competição isolada, pode ser a chave para o sucesso no complexo mercado automotivo global.


Você acredita que a parceria entre Nissan e Honda pode ajudar a reerguer a marca japonesa? Que outras colaborações fariam sentido no mercado automotivo? Deixe sua opinião nos comentários!

 


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Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

Fonte: garagem360

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