Na França, entre as cidades de Dijon e Lyon, está localizada uma das regiões vinícolas mais reverenciadas do mundo: a Borgonha. Terra natal das uvas Pinot Noir e Chardonnay, ela combina história, terroir e tradição em rótulos que conquistaram os paladares mais exigentes — desde os monges medievais até os apreciadores modernos.
A parte mais conhecida da região é a chamada Côtes d’Or, ou “Costa Dourada”, em referência às colinas douradas que brilham sob o sol. A Côtes d’Or se divide em duas sub-regiões com características marcantes: Côtes-de-Nuits, ao norte, e Côtes-de-Beaune, ao sul.
Em Côtes-de-Nuits, predominam os tintos elegantes e intensos elaborados com Pinot Noir. É lá que se encontram vinhedos de prestígio como Chambertin, Musigny, Vosne-Romanée, Nuits-Saint-Georges e Échezeaux — nomes que representam o ápice da viticultura francesa.
Já Côtes-de-Beaune se destaca pelos brancos finos e complexos de Chardonnay. Vinhedos como Meursault e Montrachet são verdadeiras joias enológicas, conhecidos pela riqueza aromática, frescor e uma mineralidade marcante.
A classificação dos vinhos da Borgonha é feita com base na qualidade dos vinhedos, e não das vinícolas — o que torna a região única. A hierarquia vai dos vins régionaux, passa pelos Village e Premier Cru, até chegar aos cobiçados Grands Crus, o topo da excelência.
E como são os vinhos, afinal? A Pinot Noir da Borgonha é leve na cor, mas intensa em sabor. Delicada, frutada, com notas terrosas e uma pureza inconfundível. Já a Chardonnay borgonhesa revela fruta fresca, amêndoas, toques de mel e uma leve cremosidade — tudo em perfeita harmonia.
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Fonte: primeirapagina