Uma imponente obra de engenharia brasileira, com 13,2 km de extensão, atravessa diariamente milhares de vidas e mercadorias, ligando duas cidades vizinhas sobre as águas da Baía de Guanabara. Este patrimônio histórico, símbolo de progresso e estratégia econômica, está atraindo olhares de interesse até de fora do país.

Ponte Rio-Niterói: Símbolo Histórico e Funcional

Oficialmente chamada Ponte Presidente Costa e Silva, a estrutura foi inaugurada em 1974. Ela é a maior ponte da América Latina e figura entre as 15 maiores do mundo, sendo um marco na infraestrutura nacional.

Sua função principal é ligar o Rio de Janeiro a Niterói, eliminando um trajeto terrestre de cerca de 100 km ou a dependência da travessia por balsa. Isso facilita drasticamente o transporte de pessoas e mercadorias, sendo um pilar estratégico na integração regional. Hoje, cerca de 150 mil veículos cruzam a ponte diariamente, número que pode aumentar em grandes eventos como o Carnaval. Em 2022, por exemplo, mais de 54 milhões de veículos a utilizaram.

Construção, Memória e Controvérsia Política

A construção da ponte começou em 1969, durante a ditadura militar. Embora projetos anteriores já existissem desde o período imperial, a obra foi realizada sob o regime. Lorrane Rodrigues, coordenadora de Memória, Verdade e Justiça do Instituto Vladimir Herzog, lembra que obras de grande porte como essa eram frequentemente utilizadas pela ditadura para conquistar simpatia popular, mesmo em um cenário de censura e repressão política.

A ponte foi batizada em homenagem ao então presidente Artur da Costa e Silva. No entanto, a memória histórica e os símbolos do período militar geram debate até hoje. Em 2021, uma proposta do deputado Chico D’Angelo sugeriu renomear a estrutura em homenagem ao humorista Paulo Gustavo, nascido em Niterói. A resistência à mudança reflete a tensão entre o passado e a busca por novos símbolos.

Qual é a sua opinião sobre a Ponte Rio-Niterói? Você concorda que ela deveria manter o nome histórico ou seria a favor da mudança para homenagear Paulo Gustavo ou outra figura? Compartilhe o que você pensa sobre a importância desse ícone da engenharia!