Você já se perguntou por que o corpo humano pode exalar tantos tipos de odores ao longo do dia? Desde o famoso “cecê” até o chulé, os cheiros peculiares que sentimos têm explicações científicas e o suor é apenas o ponto de partida.
Ao contrário do que muitos pensam, o suor em si não tem cheiro. O que causa o mau odor é a combinação entre a transpiração e os micro-organismos presentes na pele.
Para entender melhor como isso acontece, é preciso conhecer os tipos de suor que produzimos e o papel das bactérias em diferentes regiões do corpo.
O corpo é uma máquina eficiente de regulação térmica. Para manter a temperatura entre 36 °C e 37,2 °C, contamos com mais de 2,5 milhões de glândulas sudoríparas, que produzem suor constantemente, mesmo quando estamos dormindo.
Existem dois tipos principais de suor:
- Aqueoso, mais leve e abundante, gerado pelas glândulas écrinas;
- Oleoso, mais espesso, produzido pelas glândulas apócrinas, localizadas principalmente nas axilas, virilhas e região perianal.
Por que o suor vira mau cheiro?
O suor oleoso se torna malcheiroso ao entrar em contato com bactérias que vivem na pele. Essas bactérias se alimentam dos resíduos do suor e liberam compostos químicos como subproduto, gerando odores característicos.
É por isso que, mesmo em repouso ou durante o sono, algumas regiões do corpo podem apresentar mau cheiro.
A explicação está nos microbiomas, conjuntos específicos de bactérias e fungos que vivem em diferentes partes do corpo. Cada área, como os pés, axilas e couro cabeludo, abriga uma comunidade microbiana única, o que resulta em odores distintos.
O exemplo clássico é o chulé, frequentemente comparado ao cheiro de queijo. Essa associação tem base científica: as bactérias dos pés se alimentam de suor, células mortas e queratina, liberando compostos com enxofre que lembram o odor de queijos maturados.
As glândulas apócrinas são responsáveis pela produção de suor oleoso e se concentram em regiões como axilas, virilhas e área genital. Por isso, essas áreas tendem a ter odores mais fortes.
Já as glândulas écrinas, presentes em todo o corpo, produzem suor mais leve e com menos risco de mau odor.
Desodorante ou antitranspirante?
Apesar de usados como sinônimos, desodorantes e antitranspirantes têm funções diferentes. Desodorantes atuam no controle do mau cheiro, neutralizando as bactérias que causam o odor.
Já os antitranspirantes controlam a produção de suor, reduzindo a umidade e também atuando contra as bactérias. Ou seja, oferecem dupla proteção: contra o suor excessivo e o mau cheiro.
O que influencia o odor do corpo?
Além dos fatores naturais, o cheiro corporal pode ser influenciado por:
- Alimentação (excesso de alho, cebola, álcool);
- Nível de estresse;
- Alterações hormonais;
- Uso de medicamentos;
- Higiene pessoal.
Fonte: primeirapagina