Destino do mais popular passeio de barco na República Dominicana, a Isla Saona é de uma beleza indiscutível: o mar calmo azul-turquesa, a areia branca e o vasto coqueiral compõem a exata paisagem que nos vem à mente quando pensamos em Caribe.
O porém é que o passeio costuma ser considerado cansativo, principalmente para quem tem como ponto de partida Punta Cana. Geralmente, os tours buscam os hóspedes nos resorts bem cedo pela manhã para iniciar um trajeto terrestre até a cidade de Bayahíbe, de onde saem os barcos para a Isla Saona.
A distância entre Punta Cana e Bayahíbe é de apenas 70km, mas o deslocamento pode levar mais de duas horas porque há paradas para juntar diferentes grupos em um único ônibus. Sem falar dos tradicionais intervalos para comer e ir ao banheiro em estabelecimentos na beira da estrada.
Partindo de Bayahíbe, os grupos embarcam em lanchas ou catamarãs. Nos passeios em grupo, o mais comum é que a ida seja feita de um jeito e a volta, de outro: ou seja, quem vai de lancha, volta de catamarã, e vice-versa. Já nos passeios privativos, normalmente tanto a ida quanto a volta são feitas em lanchas, muito mais rápidas.
Na ida, as embarcações fazem uma parada para banho na piscina natural Blue Lagoon, que fica em frente à praia La Palmilla. O visual ali já é maravilhoso, com águas rasas povoadas por pequenos peixes. Não à toa, o local foi locação de cenas da franquia Piratas do Caribe.
Depois, o passeio segue para a Isla Saona em si. A praia de desembarque vai depender da agência contratada, já que cada uma utiliza uma área com infraestrutura de espreguiçadeiras, chuveiros, banheiros e restaurante — onde é servido o almoço, já incluído no valor do tour. Todas são parecidas entre si, mas antes de contratar o passeio vale perguntar para a empresa o que o local de desembarque oferece.
É aí que mora a questão: caso você tenha saído de Punta Cana, é provável que sobre somente duas ou três horas para curtir a Isla Saona (sendo que em uma parte desse tempo você estará almoçando) antes de ter que fazer todo o caminho de volta. Considere uns 40 minutos de lancha ou 2h de catamarã, além de mais 1h30 a 2h de van ou ônibus.
A alternativa: se hospedar em Bayahíbe
A minha experiência foi totalmente diferente da descrita acima porque eu estava hospedada em Bayahíbe. Com uma clima muito mais rústico e sossegado do que Punta Cana, o destino também exibe praias belíssimas – um pouco menores e com areia mais estreita do que as de Punta Cana, mas também com mar estilo piscininha, de águas calmas e cristalinas. E, ao contrário de Punta Cana, o sargaço é coisa rara em Bayahíbe.
Há ainda um bônus: Bayahíbe fica a apenas 30 minutos de carro de La Romana, que guarda um vilarejo todo construído em estilo mediterrâneo chamado Altos de Chavón (que será assunto para uma futura matéria).
O aeroporto mais próximo é inclusive o de La Romana, mas ele só recebe voos do Canadá, Estados Unidos, Venezuela, Jamaica, Espanha, Itália e Alemanha. Por isso, o mais comum é chegar pelo aeroporto de Punta Cana, com maior oferta de voos e a uma hora de carro.
Eleger Bayahíbe como base não significa abrir mão de toda a mordomia dos resorts all-inclusive: há boas hospedagens que funcionam nesse sistema, divididas em duas praias principais. Em Playa Bayahíbe, uma opção é o Hilton La Romana (nota 8,5/10 no Booking). Já na Playa Dominicus, se destacam o Iberostar Selection Hacienda Dominicus (nota 8,6/10), o Dreams Dominicus La Romana (nota 8,7/10) e o Viva Dominicus Beach by Wyndham (nota 7,2/10), onde me hospedei.
Frequentado principalmente por italianos e franceses, o Viva Dominicus Beach atrai famílias e grupos de amigos que querem mais agito. O resort organiza festas na praia e tem uma boa infraestrutura de lazer, mas pode deixar a desejar no que diz respeito às comidas e bebidas. O passeio de lancha para a Isla Saona era organizado pelo hotel e partia de dentro do próprio Viva — mais conveniente, impossível.
Dessa forma, em menos de trinta minutos eu já estava nadando na Blue Lagoon. Depois, foram menos de vinte minutos até a Isla Saona, onde tive uma tarde inteira para relaxar e curtir a paisagem.
Conclusão
A Isla Saona entrega o cenário paradisíaco prometido e, por isso, vale a pena conhecê-la quando estiver na República Dominicana. Bayahíbe é o melhor ponto de partida para fazer o passeio, já que é dali que saem as embarcações. De Punta Cana, o trajeto é mais longo e cansativo. Uma solução é contratar um passeio privativo de lancha, que é mais caro, mas garante um pouco mais de tempo na ilha.
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Fonte: viagemeturismo
