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Descubra La Trochita, o pitoresco trem a vapor que atravessa a Patagônia Argentina

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O Viejo Expreso Patagónico, mais conhecido pelo apelido de La Trochita, é uma opção única para explorar o sul argentino à moda antiga: uma maria-fumaça quase centenária que percorre dois antigos ramais ferroviários na província de Chubut, em meio às paisagens nevadas e montanhosas típicas da região.

Relativamente próximo de Bariloche, o passeio vem sendo cada vez mais incluído em roteiros pela região da Patagônia Argentina que não querem se resumir às tradicionais estações de esqui.

A história do La Trochita

Idealizada ainda no começo do século 20, a ferrovia era parte de um projeto ambicioso para conectar a Patagônia ao resto dos trens do país. Embora não tenha saído como planejado, ainda assim o ramal de La Trochita acabaria se tornando o maior da região, cobrindo originalmente 402 km de distância e mais de 600 curvas.

O apelido “La Trochita” se refere ao menor tamanho da bitola (“trocha”) nessa linha: a distância entre os trilhos é de apenas 75 centímetros, quando o padrão nos caminhos das redondezas era de 1 metro. O trem, que nas primeiras décadas operou só no transporte de cargas, passou a levar passageiros em 1950.

A linha adquiriu renome internacional quando o escritor norte-americano Paul Theroux publicou um relato de viagem em 1979 contando uma longa jornada de trem através das Américas, e escolheu justamente o trecho argentino para o título do livro, The Old Patagonian Express.

Mesmo quando o trem deixou de exercer sua função original de transportar os moradores da área, ele já contava com fama suficiente para ser convertido na linha turística que existe hoje, inaugurada em 1993.

Como é o passeio

Atualmente, a linha histórica não é mais percorrida pelo trem, que deixou de fazer boa parte do trajeto, bem como o caminho intermediário entre Esquel e El Maitén, cidades separadas por cerca de 130 km entre si. Em vez disso, o viajante que quer fazer o passeio deve optar por um dos trechos disponíveis, partindo de cada uma das duas cidades em direções opostas e voltando no mesmo dia. Além da viagem em si, cada estação tem atrativos próprios, que a outra não oferece.

Partindo de Bariloche, como costuma ocorrer com muitos turistas que visitam a região, El Maitén se localiza a 150 km e Esquel fica a 285 km.

O trajeto partindo de Esquel leva 3 horas para fazer a ida e volta até a localidade de Nahuelpán, que fica a 19 km. A estação de Esquel conta com uma mostra histórica de itens usados no trem original, como uniformes de funcionários e outros objetos cotidianos essenciais para o funcionamento do trem. Em Nahuelpán, com forte influência indígena, há um Museu de Culturas Originárias Patagônicas que pode ser visitado durante a parada de 45 minutos na cidade.

Em El Maitén, há duas opções de passeio: uma que dura 2 horas e vai até o chamado Km 228, uma parada na divisa com a província de Río Negro em uma ponte ferroviária, depois da qual o trem faz uma manobra de retorno; já a opção mais longa segue viagem até Ñorquincó, uma localidade a 35 km de El Maitén, já dentro de Río Negro. Esse trajeto dura cerca de 5 horas contando ida e volta. El Maitén costuma ser mais atrativa aos amantes da história ferroviária pois inclui uma visita às oficinas originais da via e ao Museu Ferroviário, onde há vagões e equipamentos de época.

Nos dois casos, o trem inclui um vagão-bar e guias especializados que contam a história do trem e da região. O La Trochita também conta com um vagão pet friendly para quem estiver viajando com cães ou gatos. Passagens podem ser adquiridas antecipadamente pelo site oficial.

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Fonte: viagemeturismo

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