A cidade de São Francisco do Sul, 190 km ao norte de Florianópolis, é o principal município banhado pela Baía da Babitonga. O local possui registros da ocupação humana que datam de centenas de anos antes da chegada dos primeiros colonizadores.
Além do patrimônio histórico, o município também é conhecido pelo seu complexo portuário – o maior de Santa Catarina – e pelas praias da região. Conheça mais sobre esse lugar cheio de histórias para se aventurar.
Dos sambaquis às igrejas barrocas
A ocupação humana da região é das mais antigas, o que pode ser provado pelos cerca de 160 sambaquis ali encontrados, que são montes construídos com ossos, rochas, terra e outros detritos que eram usados para sepultamento e teriam papel cerimonial.
O primeiro europeu a desembarcar por ali foi o comandante francês Binot Paulmier de Gonneville, em 1504, mas a Baía da Babitonga só começou a ser colonizada de fato mais de um século depois. Em 1641, o capitão-mor Gabriel de Lara fundou o povoado de Nossa Senhora da Graça do Rio São Francisco – que mais tarde viria a se chamar São Francisco do Sul.

Desde o início dessa história, a ligação com o mar e a atividade portuária foi importante para o desenvolvimento e a prosperidade da cidade. Foi no final do século 19 que ali se instalou a Empresa Nacional de Navegação Hoepcke, fundada pelo empresário alemão Carl Hoepcke.
Hoje, o local onde funcionou a sede da empresa abriga o Museu Nacional do Mar, uma das instituições culturais mais importantes do Brasil no que diz respeito à preservação do patrimônio naval brasileiro e das culturas litorâneas. Lá estão estão expostos diversos modelos de embarcações de diferentes épocas, junto com uma biblioteca especializada no tema. O museu está hoje fechado para visitação, com previsão de reabertura somente em 2026.

O que visitar em São Francisco do Sul?
A charmosa “São Chico”, como é apelidada por locais, é a cidade mais antiga de Santa Catarina e uma das mais longevas do Brasil. Por isso, uma caminhada pelo centro histórico é um passeio imperdível. Vale visitar a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Graça, datada do século 17. Nas proximidades, belos casarões misturam a arquitetura ibero-açoriana e da colonização alemã. O Mercado Público Municipal, erguido em 1900 e revitalizado em 2000, oferece algumas opções gastronômicas em meio a um cenário excelente para fotos.

As praias nas redondezas também são belíssimas, embora nem sempre boas para banho. A depender da temporada da sua viagem, consulte as condições de balneabilidade. A Praia do Forte, entre o balneário de Capri e a praia de Itaguaçu, tem mar calmo e ambiente agradável. Já a Praia da Enseada dispõe de mais opções de restaurantes, bares e comércio local.
A Prainha, também chamada de Praia da Saudade, é a mais agitada e frequentada por surfistas. Ao lado dela, a Praia Grande tem um ambiente mais rústico e alternativo, mas é preciso cuidado para nadar por ser mar aberto.
Fonte: viagemeturismo