A airfryer virou queridinha nas cozinhas brasileiras, prometendo praticidade e refeições com menos gordura. Mas apesar da popularidade, muitos ainda não sabem como ela realmente funciona — e o que dá certo (ou não) no uso do dia a dia. A seguir, veja 6 verdades importantes sobre o aparelho, com base em estudos, boas práticas e orientações técnicas.
1. A airfryer não é uma fritadeira – é um forno de convecção
Apesar do nome, a airfryer não frita. Ela funciona como um mini forno de convecção, utilizando uma resistência elétrica e uma ventoinha para aquecer e circular o ar quente rapidamente. Esse ar envolve os alimentos e gera crocância, mas sem imersão em óleo.
“A fritadeira sem óleo é baseada em circulação de ar quente com fluxo rápido e controlado, promovendo textura semelhante à da fritura, com menor teor de gordura” (DEMEKOVÁ et al., 2018, Journal of Food Processing).
2. Alimentos congelados dão melhor resultado
Itens como batata, nuggets e empanados congelados são pré-cozidos e pré-fritos, o que facilita o preparo na airfryer. Eles ficam crocantes mais facilmente, mesmo sem adição de óleo.
Alimentos crus ou com muita umidade (como vegetais moles) podem não atingir a mesma textura, exigindo ajustes de tempo e temperatura.
3. Não use papel alumínio na airfryer
O uso de papel alumínio compromete a circulação do ar quente, podendo causar superaquecimento ou cozimento desigual. Além disso, pode representar risco elétrico, dependendo do modelo do aparelho.
“A obstrução do fluxo de ar compromete a eficiência térmica e pode causar riscos elétricos” (ANEEL, 2021 – Cartilha de Segurança em Eletrodomésticos).
O ideal é usar apenas acessórios próprios para airfryer, como cestos perfurados ou tapetes de silicone.
4. Mexer os alimentos no meio do preparo é essencial
Virar ou sacudir os alimentos durante o preparo evita que fiquem ressecados de um lado e crus do outro. A movimentação ajuda a manter o cozimento uniforme — principalmente em porções maiores.
Essa etapa também ajuda a melhorar a textura de alimentos como legumes, cubos de frango e batatas caseiras.
5. A airfryer gasta menos energia que o forno elétrico
Estudos mostram que o consumo médio da airfryer é de 0,9 kWh por hora, contra até 1,5 kWh do forno elétrico tradicional. Isso significa que, para porções pequenas e médias, ela é uma opção mais econômica e rápida.
“Fritadeiras por ar forçado consomem até 40% menos energia em comparação com fornos de resistência” (INMETRO, 2022 – Relatório Técnico sobre Eletrodomésticos Classe A).
Além disso, o tempo de pré-aquecimento é menor, o que reduz ainda mais o gasto total.
6. Nem todo alimento fica como o frito tradicional
Embora muitos alimentos fiquem crocantes, é importante ajustar as expectativas. Pastéis com massa tradicional, por exemplo, costumam ficar mais ressecados. Já massas folhadas ou assados leves têm ótimo desempenho.
“A textura obtida por circulação de ar quente difere da imersão em gordura, sendo mais indicada para alimentos com baixa umidade e estrutura estável” (PARK et al., 2020 – Food Structure Journal).
A adição de uma pequena quantidade de azeite pode melhorar a crocância em alguns casos.
▪️ A airfryer é um eletrodoméstico eficiente, versátil e econômico, mas não substitui totalmente a fritura tradicional
▪️ Entender seu funcionamento e limites ajuda a obter melhores resultados
▪️ Boas práticas — como evitar papel alumínio, mexer os alimentos e escolher preparos adequados — fazem toda a diferença
Referências Bibliográficas
▪️ DEMEKOVÁ, V. et al. Frying alternatives in modern kitchen appliances. Journal of Food Processing, 2018.
▪️ INMETRO. Relatório técnico: eficiência energética em eletrodomésticos. Brasília, 2022.
▪️ ANEEL. Cartilha de segurança para uso de eletrodomésticos. Brasília, 2021.
▪️ PARK, S. Y. et al. Impact of air frying on structure and texture of food products. Food Structure, v. 26, 2020.
Fonte: primeirapagina