Ao caminhar pelas ruas de Londres, os pedestres mais observadores talvez notem um símbolo que se repete com frequência: o dragão. Seja em estátuas, ornamentos, gravuras ou imagens, os dragões são parte da simbologia local há centenas de anos.
Mas o que mais chama atenção são as esculturas de dragão que delimitam a região central. Aqui, vale uma explicação: Londres, capital do Reino Unido, é subdividida entre a chamada Cidade de Londres, que corresponde ao centro histórico e financeiro, e vários outros “boroughs”.
Um conjunto de 14 dragões de ferro, pintados em prata e vermelho, delimitam especificamente a Cidade de Londres, que também corresponde ao território da primeira ocupação romana na região, há quase dois mil anos. Esse pedaço da capital inglesa tem inclusive uma jurisdição própria, com prefeito e polícia.
Associadas à ideia de proteção, as criaturas mitológicas estão no brasão oficial da Cidade de Londres desde o século 17: acredita-se que escolha pode estar associada à São Jorge, padroeiro de Londres e da Inglaterra.
A primeira escultura do tipo é o Temple Bar Memorial, que demarca o local onde ficava o principal portão de entrada da Cidade de Londres. Uma coluna retangular serve como apoio para um imponente dragão de bronze, esculpido por Charles Birch, que se apoia no escudo oficial da Cidade de Londres com a boca e as asas abertas.

Mas a proliferação dos dragões pela centro histórico só aconteceu realmente nos anos de 1960, quando a prefeitura de Londres deu inicio a um projeto de delimitação dos bairros e oficialmente demarcou a Cidade de Londres.
As autoridades locais optaram por erguer dragões em diferentes linhas de acesso à City, chegando ao total de 14 esculturas.
Fonte: viagemeturismo