Se você saiu de casa hoje, provavelmente viu um caramelo. Talvez ele tenha cruzado a rua com aquele trote desengonçado, pedido carinho na praça ou mostrado o famoso sorriso de canto na porta do mercadinho. Ícone nacional e celebridade dos memes, ele agora também virou tema de um estudo científico inédito.
Sim, o Brasil agora sabe, com base em DNA de verdade, quem é esse ícone nacional. Isso só foi possível graças à campanha Caramelo: Patrimônio Cultural Brasileiro, de PEDIGREE®, e os geneticistas da DNA Pets, que analisaram 305 cães Caramelo de todas as regiões do país. O estudo revela a biologia e a história que moldam um dos cães mais queridos do país.

De onde vem tanta personalidade?
Muito antes de existirem rótulos como “cachorro de apartamento” ou “caramelo da rua”, surgiram cães moldados pelas necessidades humanas: puxar trenós, guardar rebanhos, farejar presas, vigiar aldeias, fazer companhia. Com o tempo, essas funções deram origem a mais de 400 raças, cada uma com características próprias.Por trás dessa diversidade estão pequenas alterações no DNA, os SNPs, capazes de registrar a “assinatura genética” de cada raça. No caso dos Caramelos, um cão Sem Raça Definida, a aparência pode enganar, mas o DNA revela misturas acumuladas ao longo de muitas gerações, responsáveis por sua singularidade.
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Como o teste foi feito?
• Coleta de saliva
• Leitura de quase 65 mil marcadores genéticos
• Comparação com bancos de dados
• Identificação de ancestralidade e variantes de saúde
Por que isso importa?
A nova pesquisa de PEDIGREE® e DNA Pets cria uma base inédita sobre os Caramelos brasileiros. Os dados podem contribuir para cuidados preventivos e produtos mais adequados às necessidades desses cães.
Como a diversidade genética se forma
Trocas mínimas de letras no DNA alteram orelhas, pelagem, porte e nível de energia. Comparando esses marcadores genéticos com bancos de dados, é possível descobrir quais raças contribuíram para cada cão — um quebra-cabeça genético que os Caramelos tornam especialmente interessante.
Grande parte das pesquisas genéticas focou em raças puras, minoria na população canina. Por isso, os vira-latas brasileiros quase não apareciam nas bases internacionais. A pesquisa de PEDIGREE® começa a preencher esse vazio, a partir da criação de um banco de dados com informações de SRD brasileiros.

O veredito: o Caramelo é a cara do Brasil
Os testes mostraram que a mistura genética dos Caramelos é surpreendentemente uniforme de Norte a Sul. A base genética é muito semelhante entre as regiões.
Isso significa que movimentos populacionais, adoções, urbanização e o amor brasileiro por cães moldaram o caramelo que conhecemos hoje.
E tem mais: a pesquisa identificou as raças que mais contribuíram para sua formação.
Essa combinação improvável explica sua versatilidade e a famosa expressão de “topo tudo”. É como se a miscigenação brasileira tivesse produzido, espontaneamente, um “modelo recorrente” que virou símbolo nacional antes mesmo de ser explicado pela genética.
A ciência trouxe o perfil do kit básico do Caramelo:
• porte médio
• pelo curto
• cor fulvo (a famosa cor caramelo)
• focinho de médio a longo
• orelhas eretas ou semi-eretas
Quatro versões de Caramelo
A análise revelou quatro perfis físicos* que surgem com frequência pelo país:
- Tradicional (Centro-Oeste e Sudeste): porte médio a grande, pelagem dourada.
- Norte/Nordeste: orelhas eretas, máscara escura e manchas brancas
- Sulista: dourado com manchas brancas e influência de pastoreio europeu.
- Urbano: porte médio com pelagem variada, de ondulada a chocolate.
*de acordo com tendência de fenótipo apresentada na observação de 305 animais da pesquisa.

Por que o Caramelo é tão gente boa?
Quem convive com SRDs reconhece um conjunto recorrente de características: energia moderada, alta sociabilidade e temperamento estável. É o cão pronto para fazer amizade.
A genética também protege
Das 152 variantes de saúde analisadas, só 21% dos animais tinham alguma variante genética associada a problemas de saúde, sendo a maioria apenas portadores delas, ou seja, tinham uma única cópia da variante e não devem desenvolver a doença ao longo da vida. A ampla diversidade genética reduz as chances de heranças recessivas comuns em raças puras e indica um risco menor de doenças hereditárias mais graves.
A Mielopatia Degenerativa foi a alteração genética mais frequente. Essa condição é comum em raças de pastoreio e que contribuíram para a formação dos caramelos no Brasil
Por que PEDIGREE® fez essa pesquisa?
Valorizar cães Sem Raça Definida faz parte da missão da marca. A Campanha Caramelo incentiva adoção responsável, dá visibilidade aos cães resgatados e usa ciência para transformar vidas.
A pesquisa completa está disponível em: Vira-Lata Caramelo: Patrimônio Cultural Brasileiro | PEDIGREE®
A gente sempre soube. A ciência só confirmou. O vira-lata caramelo é patrimônio afetivo, cultural e agora também genético do país. Ele mostra que as misturas criam beleza, singularidade e, claro, muito amor.
Fonte: abril






