Hoje, com carros luxuosos que desfilam pelas ruas e prédios suntuosos que compõem a paisagem, Dubai era um lugar inóspito décadas atrás. A energia para tanta transformação veio do petróleo. No Norte do Brasil, um Estado pouco habitado tem reservas desse mineral que superam as do país árabe. É o , cuja força submersa no solo marinho promete criar um oásis de riqueza cercado pela floresta.
A nova fronteira de energia brasileira faz parte da assim chamada Margem Equatorial. Os poços da porção do Amapá ficam 500 km ao norte da foz do Rio Amazonas, em mar aberto.
Petróleo do Amapá
Os poços no litoral amapaense têm potencial para a existência de 10 bilhões de barris de petróleo — dos quais quase 7 bilhões já foram confirmados. Do outro lado do mundo, os poços de Dubai têm cerca de 4 bilhões de barris. Assim, a riqueza submersa em águas marítimas do Estado no Norte do Brasil pode ser quase três vezes maior — e o lugar tem bem menos gente para alimentar com todos esses recursos.
São 3,6 milhões de moradores no país árabe, enquanto o território amapaense abriga 733 mil habitantes — ou seja, cinco vezes menos gente. A população no Estado se equipara à da Guiana, outro ponto do mundo que encontrou petróleo recentemente. O lugar, inclusive, passou a receber o apelido de “a Dubai da América do Sul”, em razão da gigantesca mudança em curso.
Dubai da América do Sul
Assim como acontece com o Amapá, os poços de petróleo da Guiana ficam em mar aberto. A população é de 800 mil habitantes, e as reservas somam cerca de 10 bilhões de barris.
No ano de 2015, antes de a riqueza do petróleo vir para a terra, o Produto Interno Bruto da Guiana equivalia a US$ 6 mil por habitante. Em 2025, essa cifra deve chegar a US$ 30 mil — valor mais de duas vezes maior que o dos chineses (US$ 14 mil).
Fonte: revistaoeste
