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Descoberta de Fundo Falso com Sangue e Ozônio em Clínica de Estética em Cuiabá, segundo Polícia

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Tubos de sangue de pacientes e cilindro de ozônio escondidos em fundos falsos de armários levaram, mais uma vez, à interdição de uma clínica de estética em Cuiabá. A ação foi realizada nesta segunda-feira (22) pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), em conjunto com a Vigilância Sanitária Municipal.

Esta é a terceira vez em menos de sete meses que o estabelecimento, localizado no bairro Jardim Petrópolis, é fechado por irregularidades.

Segundo a Polícia Civil, os compartimentos secretos também guardavam equipamentos utilizados em procedimentos estéticos que, possivelmente, eram aplicados de forma irregular. O material apreendido será periciado.

Nos fundos da clínica, em um cômodo isolado, foram localizados ainda um frasco de Benzetacil e uma caixa com 100 unidades do antibiótico Ceftriaxona, das quais 84 estavam lacradas. A suspeita é de que a fisioterapeuta responsável pelo espaço aplicava os medicamentos diretamente em pacientes, prática restrita a médicos.

A Vigilância Sanitária determinou a interdição total do local, enquanto a Polícia Civil abriu nova etapa das investigações. A proprietária será intimada para prestar esclarecimentos no inquérito que apura exercício ilegal da medicina.

Histórico de reincidências

Na primeira interdição, em março, fiscais já haviam encontrado uma geladeira com tubos de sangue sem identificação, coletados de pacientes para procedimentos de Plasma Rico em Plaquetas (PRP). A técnica, usada para regeneração tecidual, exige protocolos de biossegurança e deve ser realizada apenas por profissionais habilitados, o que não ocorria no local.

No início de setembro, após duas interdições, a responsável pela clínica publicou um vídeo em redes sociais afirmando ter autorização de funcionamento. Na mesma gravação, chegou a alertar sobre riscos de procedimentos em clínicas irregulares, apesar de seu estabelecimento estar sob investigação constante.

A Polícia Civil orienta que a população procure apenas clínicas regularizadas, com profissionais habilitados, e desconfie de estabelecimentos que ofereçam procedimentos invasivos sem respaldo da Vigilância Sanitária.

Fonte: primeirapagina

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