Moradores de Lucas do Rio Verde, no médio norte de Mato Grosso, registram casos de dermatite após visitaram espaços públicos do município nesta semana. Após o ocorrido, a Secretária Municipal de Saúde divulgou o resultado da pesquisa da vigilância do estado sobre os casos de lesão de pele registrados.
Segundo a prefeitura, ainda não foi informada a quantidade dos casos registrados.
O parasita foi identificado pela Vigilância em Saúde de Mato Grosso como o agente causador das lesões de pele (dermatite), que surgiram em pessoas de várias idades, que frequentaram espaços com grama, foi o Ornithonyssus sylviarum.
Por isso, a partir desta terça-feira (2) as famílias que frequentarem as praças e parques de Lucas do Rio Verde terão que tomar alguns cuidados a fim de evitar o contato com este ácaro.
No entanto, o laudo definitivo ainda não foi entregue ao município, mas diante das informações, a prefeitura optou em orientar a população sobre os cuidados necessários para evitar a contaminação.
Entre os cuidados recomendados estão: evitar deixar restos de comida nos locais públicos, como praças e utilizar roupas que cubram o corpo, pra evitar o contato com a grama, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.
As lesões não são transmitidas de pessoa para pessoa e também não há uma evolução nos sintomas.
Esta é a primeira vez que o município enfrenta essa situação. Também não há registros de algo parecido em Mato Grosso. A tendência é que o problema se resolva com a chegada do período chuvoso.
O ácaro fica nas penas das aves, porém apesar de bastante incomodativo, as lesões são facilmente controladas com o uso de anti-histamínicos.
Além da praça do Bandeirantes, a Vigilância também encontrou o parasita em outros espaços públicos, como a Praça Maria de Lourdes Delmoro (Cerrado), Praça Irilde Massucatto Binotti (Florais dos Buritis), Lago Ernani Machado, rotatória do Paço Municipal e canteiro da Av. Universitária.
Pássaros não são vilões
Apesar do ácaro na pena das aves, o problema não é um motivo para que a população extermine os pássaros, até pois se caracterizaria como crime ambiental. No entanto, segundo o secretário de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde, Felipe Palis, a maneira mais eficiente e ecologicamente correta de evitar o aumento e a proximidade das aves em relação aos espaços públicos e aos seres humanos é não alimentar as espécies.
“Não há nada que ofereça a um animal silvestre, que seja mais nutritivo pra ele, do que os alimentos disponíveis na natureza. Quando a comida é dada pra um animal, ele entende que com os seres humanos, ele vai se alimentar com mais facilidade e isso gera vários problemas, como o que estamos vivendo hoje”, explicou.
Fonte: primeirapagina