Sophia @princesinhamt
Política

Deputado Hugo Motta ameaça punir colegas após tumulto – Vídeoregistrasurto

2025 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

O presidente da , Hugo Motta (Republicanos-PB), deu uma bronca nos deputados nesta quarta-feira, 19, depois de uma gritaria no plenário da Casa. Parlamentares da oposição e da base ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) travaram, pelo segundo dia, uma batalha de gritos por causa da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e Motta teve de ser chamado para colocar ordem na Casa.

Como resposta à briga dos deputados, Hugo Motta decidiu proibir a entrada de parlamentares com faixas no plenário e ainda ameaçou entrar com processos no Conselho de Ética contra qualquer deputado que ofender colegas e atrapalhar a discussão das matérias.

+

“Se o parlamentar aqui desrespeitar o colega, a própria presidência vai acioná-lo no Conselho de Ética e vai fazer cumprir todas as medidas restritivas da Casa. […] Nós vamos solicitar à Secretaria-Geral da Mesa para proibir também a entrada de cartazes e manifestações no plenário, porque isso, de certa forma, deixa todos os parlamentares no mesmo nível”, afirmou Motta.

A confusão da última quarta-feira, 19, começou quando o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) subiu à tribuna junto a parlamentares de oposição e fez críticas à denúncia da PGR contra Bolsonaro.

Em resposta, o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), foi para o microfone ao lado de aliados de Lula para defender a prisão de Bolsonaro.

O discurso, que deveria ter dez minutos, levou mais de 20 minutos e não foi concluído, porque a oposição o interrompeu, com gritos variados, como: “mensaleiro”, “petroleiro” “triplex”, “Atibaia”, “o ovo está caro” e “lindo, ladrão, mensaleiro na prisão”.

Em resposta, os deputados que apoiam o governo Lula revidaram os gritos ao entoar as frases: “sem anistia” e “uh, vai ser preso”.

Hugo Motta estava recebendo parlamentares em seu gabinete, e a sessão era conduzida pela terceira-secretária da Câmara, Delegada Katarina (PSD-SE). Entretanto, com a gritaria, ele voltou e decidiu suspender a sessão por sete minutos. Não houve mais atritos entre os dois lados a partir de então.

“Eu quero dizer a Vossas Excelências que se estão confundindo este presidente como uma pessoa paciente e serena com um presidente frouxo, vocês ainda não me conhecem. Ou este plenário se dignifica de estar aqui representando o povo brasileiro, ou nós não merecemos estar aqui. Aqui não é o jardim da infância, ou muito menos um lugar para a espetacularização que denigre a imagem desta Casa. Eu não aceitarei esse tipo de comportamento”, afirmou Motta.

Na terça-feira 18, depois de a PGR denunciar Bolsonaro, os deputados travaram a primeira guerra de gritos. Enquanto a base de Lula gritava “sem anistia”, a oposição bradava “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”. A sessão foi interrompida pelo deputado José Rocha (União-BA), que presidia a sessão. Ele disse que a Câmara viveu um “espetáculo feio e absurdo”.

A PGR acusou Bolsonaro de tentativa de golpe, em peça encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, concluiu que Bolsonaro liderou articulações para uma ruptura institucional. Além disso, a denúncia atinge outros 33 indiciados em inquéritos da Polícia Federal (PF).

Segundo a PGR, Bolsonaro cometeu cinco crimes: dano qualificado com uso de violência e grave ameaça e deterioração do patrimônio tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa. Somadas, as penas dos crimes podem chegar a 43 anos de prisão.


Redação , com informações da Agência Estado

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.