– O deputado estadual Júlio Campos (União Brasil) relativizou os números divulgados pela pesquisa Percent Brasil, que mostrou o senador Wellington Fagundes (PL) na liderança para a disputa ao Governo de Mato Grosso em 2026, com 28,9% das intenções de voto. Segundo ele, levantamentos feitos com tanta antecedência “não têm sentido prático” e apenas registram um retrato momentâneo.
O parlamentar destacou que o cenário político deve sofrer mudanças significativas até o próximo ano, sobretudo com a abertura da janela partidária, prevista para março de 2026. “Qualquer pesquisa um ano e meio antes da eleição não tem sentido, é apenas uma lembrança. Nada acontecerá antes de março, porque muitos ainda vão mudar de partido. Mato Grosso está muito precipitado”, disse.
Para reforçar seu argumento, Júlio Campos citou as eleições municipais de 2024, quando candidatos apontados como favoritos acabaram derrotados. Ele lembrou que Eduardo Botelho (União Brasil), então candidato a prefeito de Cuiabá, sequer chegou ao segundo turno, apesar das projeções que o colocavam como franco favorito. O mesmo ocorreu em Várzea Grande, onde Kalil Baracat (MDB) perdeu para Flávia Moretti (PL), contrariando pesquisas que lhe davam ampla vantagem.
“A Gazeta Dados, que sempre foi considerada séria, chegou a apontar Kalil eleito com 64%. No fim, a surpresa foi enorme. Pesquisa nesse momento, ou mesmo na véspera, não pode ser tomada como certeza”, afirmou.
Júlio ainda minimizou a vantagem de Wellington Fagundes no levantamento. Segundo ele, o fato de 73,6% dos entrevistados terem declarado não saber ou não responder na modalidade espontânea demonstra que não há favorito na corrida. “Essa conversa de que Wellington tem 29% é blefe. Quando três quartos do eleitorado dizem que não sabem em quem votar, é porque a disputa está em aberto”, concluiu.
Fonte: odocumento