PolĂ­tica

Defesa de Silveira acusa Moraes de praticar tortura: Entenda a polĂȘmica.

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A defesa do ex-deputado Daniel Silveira fez pesadas críticas à decisão do ministro Alexandre de Moraes, do , de ordenar o retorno de Silveira à prisão, nesta terça-feira, 24. Em nota, ela acusou Moraes de “prática da tortura”.

No texto, enviado à imprensa, os defensores do ex-deputado afirmaram que a decisão “violou o processo legal, ampla defesa, contraditório, afrontando o Estado Democrático de Direito.”

O documento foi assinado pelos advogados Paulo Cesar Rodrigues de Faria; Michael Robert Silva Pinheiro; SebastiĂŁo Coelho da Silva e Paola da Silva Daniel.

Silveira havia obtido a liberdade condicional no dia 20 de dezembro, por ter alcançado o tempo legal para receber o benefício.

O argumento de Moraes para revogar a condicional foi o de que Silveira teria descumprido cautelares. O ex-deputado jĂĄ se encontra na PolĂ­cia Federal do Rio de Janeiro. Ele mora em PetrĂłpolis, na regiĂŁo serrana do Estado.

Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisĂŁo, em 2022, por supostas tentativa de impedir o livre exercĂ­cio dos Poderes e coação no curso do processo, sob a acusação de proferir ofensas e ameaças contra os ministros do STF. Ele havia sido preso pela Ășltima vez em fevereiro de 2023.

A defesa argumenta que, neste retorno dele à prisão, não houve respeito ao artigo 118 da Lei de ExecuçÔes Penais (LEP). Segundo os advogados, o dispositivo exige que, em caso de regressão de regime por falta grave, seja apresentada uma justificativa prévia com intimação da defesa técnica.

Os advogados consideraram que essa imposição legal foi ignorada por Moraes.

“É obrigatória a intimação da defesa para justificar o ato. Moraes violou esse dispositivo.”

Em vĂĄrios trechos os advogados mantiveram palavras em caixa alta, para dar ĂȘnfase Ă  indignação de ver o cliente voltar para o regime fechado em Bangu 8.

“A manutenção da prisĂŁo em regime fechado Ă© mais uma prova da violação Ă s leis brasileiras, e ao martĂ­rio final da ‘constituição federal’ [minĂșsculo], violando o seu direito Ă  saĂșde.”

Para eles, Silveira estĂĄ sendo perseguido. O ex-deputado, desde fevereiro de 2021, jĂĄ foi preso quatro vezes.

“A medida Ă© desproporcional, arbitrĂĄria, ilegal e irracional pois foi tomada em claro e inequĂ­voco espĂ­rito persecutĂłrio, violando a lei, com aplicação incontestĂĄvel do direito penal do inimigo, e em mais um ato de abuso de autoridade.”

apurou que a razĂŁo por trĂĄs da decisĂŁo de Moraes foi a ida de Silveira a um hospital, no sĂĄbado 21, para ser atendido com urgĂȘncia, queixando-se de uma crise renal.

Ao retornar para casa naquele mesmo dia, ele excedeu o horĂĄrio permitido para a sua volta Ă  residĂȘncia (atĂ© 22 horas).

Desde agosto, o ex-deputado tem reclamado de fortes dores lombares.

Segundo a defesa, tudo foi devidamente justificado ao STF, mas “ignorado pelo relator”.

“Inclusive, era de conhecimento do Sr. Alexandre de Moraes que Daniel Silveira sofria com problemas renais desde julho de 2024, e nada fez, apesar dos pedidos nos autos e documentos mĂ©dicos juntados, requerendo providĂȘncias, que nunca chegaram.”

Os advogados garantiram que a defesa tomarĂĄ todas as medidas necessĂĄrias para contra a decisĂŁo do relator. E, no fim do texto, acusa Moraes de tortura.

“Inclusive, não se furtará em denunciar o Estado Brasileiro às autoridades internacionais, pela inequívoca prática da tortura, que está a todo vapor, e vem sendo implementada pelo Estado de Exceção capitaneado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.”

Fonte: revistaoeste

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