A Justiça de São Paulo negou, nesta quarta-feira, 20, um pedido da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) para barrar a cerimônia de entrega do título de cidadã paulistana à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O evento será no , localizado no centro da capital paulista.
A juíza Paula Micheletto Cometti, da 12ª Vara de Fazenda Pública do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), afirmou que não há provas de que a cerimônia irá gerar gastos extras à prefeitura da cidade.
Segundo a psolista, o evento teria características “políticas e eleitorais”, já que o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), é pré-candidato à reeleição e é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marido de Michelle.
De acordo com a equipe de Ricardo Nunes, não haverá custos na cessão do Theatro Municipal para o evento, “em face do requisitante ser um ente público”. A entrega da honraria está programada para acontecer na próxima segunda-feira, 25.
O pedido para o uso do teatro foi feito pelo do vereador Rinaldi Digilio (União Brasil), autor do projeto que homenageia Michelle Bolsonaro, e acatado pela administração do Theatro, por “disponibilidade do espaço”.
“Não há excepcionalidade nesse caso, uma vez que é normal a cessão de espaço para eventos de órgãos públicos”, afirma a gestão municipal. “Os espaços do Complexo Theatro Municipal já foram utilizados para realização de eventos de interesse de diversos órgãos públicos em diferentes esferas.”
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O decreto legislativo que dá a honraria a Michelle foi aprovado pela Câmara Municipal de São Paulo em novembro do ano passado.
Fonte: revistaoeste