A Justiça tornou públicos, nesta segunda-feira, 29, quatro mandados de busca obtidos durante a investigação, de pelo menos quatro anos, sobre Hunter Biden, o filho mais velho do presidente Joe Biden. Tal determinação veio em resposta a uma ordem jurídica federal, segundo o New York Post.
A juíza distrital de Delaware, Maryellen Norieka, foi quem atendeu na sexta-feira 26 a um pedido para abrir os quatro mandados de busca.
Eles foram usados na investigação do procurador especial David Weiss sobre posse ilegal de armas de fogo e casos de fraude fiscal contra o filho de Joe Biden. O pedido ao juiz federal foi feito por um jornalista independente.
Os mandados podem servir como um suporte legal dos agentes federais para a apreensão dos dispositivos eletrônicos de Hunter Biden, bem como para provas utilizadas para construir os dois processos criminais contra ele.
Os dois mandados são de 29 de agosto de 2019 e 10 de julho de 2020. Ambos foram obtidos pelas autoridades fiscais e pelo FBI para investigar a conta Apple iCloud de Hunter Biden.
O mandado de agosto de 2019 foi expedido para pesquisar informações sobre a conta iCloud em um disco rígido. Já o mandado de julho de 2020 teve o objetivo de pesquisar backups do iPad de Biden e de três de seus iPhones — um iPhone X, iPhone 6S e um iPhone XR.
Um terceiro mandado de busca serviu para, em 13 de dezembro de 2019, examinar o laptop Apple MacBook Pro de Hunter e um disco rígido, o mesmo que contém uma cópia do laptop de Biden. Cópia a que o dono da loja de informática John Paul Mac Isaac fez para dar ao advogado de Rudy Giuliani, Robert Costello.
Mac Isaac, segundo o Post, deu permissão ao para acessar o disco rígido e o laptop, ao transferir o controle para os agentes em um formulário de consentimento de 9 de dezembro de 2019. O conteúdo foi considerado abandonado legalmente por Hunter depois de ter sido deixado na loja de informática por mais de 90 dias.
Coleta de evidências eletrônicas
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Todos os três mandados afirmam que os federais apreenderiam qualquer informação que mostrasse a “evasão fiscal, falha intencional na apresentação de declarações fiscais e falha no pagamento do Imposto de Renda” de Biden.
Um quarto mandado, prossegue o jornal, foi obtido em 4 de dezembro do ano passado e usado para coletar evidências eletrônicas relacionadas ao caso da arma, quase três meses depois que a acusação contra Hunter foi revelada.
Nem a equipe de defesa de Biden nem os promotores liderados pelo advogado especial David Weiss se opuseram à abertura dos registros. A equipe de Weiss, porém, argumentou que as declarações juramentadas que sustentam os mandados de busca deveriam permanecer privadas.
Fonte: revistaoeste