Cuiabá teve seu primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol nessa quarta-feira (22). A paciente é uma mulher de 18 anos, moradora da capital, que foi internada no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), mas não corre risco de vida.
Segundo o Secretário Estadual de Saúde (SES), Gilberto Figueiredo, as informações são preliminares e o resultado de exames é aguardado.
“Ela foi internada na noite de ontem, por isso ele ainda é um caso de investigação. Nós não temos a confirmação porque há necessidade dos exames comprovarem isso, mas pelas informações e atendendo aos protocolos estabelecidos, ela se encaixa como caso suspeito. Não saiu ainda um boletim médico divulgado para que a gente possa afirmar quais são as consequências e os danos nesse segundo caso suspeito aqui em Cuiabá”, afirmou o secretário.
Conforme o secretário, o centro de referência para tratamento desses pacientes está sediado aqui no Hospital Municipal de Cuiabá, onde tem medicamento disponível para tratamento, que é o Fometizol. Ao todo, o estado recebeu 28 frascos da substância e outros 60 de metanol farmacêutico.
“O Ciatox é um centro estadual de referência que vai fazer atendimento in loco e também à distância, caso surja a necessidade de algum ponto do estado. Essa equipe é um especializado, é um setor que trabalha 24 horas, a medicação está toda sob a guarda deles para poder fazer os atendimentos”, explicou.
Os principais sintomas para a intoxicação por metanol são náuseas, dor abdominal, sonolência, reflexos na vista e perda de visão.
“Todas as unidades de pronto atendimento já têm conhecimento do protocolo que foi desenhado pelo Ministério da Saúde, para atendimento desses casos. O médico, assim que identificar e suspeitar que seja uma intoxicação pelo metanol, ele deve entrar em contato com o Seatox aqui em Cuiabá, onde ele vai receber primeiro as orientações à distância e se necessário for, vamos mobilizá-lo para que ele tenha o atendimento inloco”, finalizou o secretário.
Caso confirmado
Primeiro caso de intoxicação por metanol em Mato Grosso foi confirmado nesta quarta-feira (22) pela Secretaria de Estado de Saúde (SES). O paciente, de 24 anos, é morador de Várzea Grande e apresentou lesões oculares irreversíveis, uma das complicações mais graves associadas à exposição ao metanol.
O quadro de saúde dele não representa risco iminente de morte, o entanto, a gravidade da lesão permanece.
Agora, a bebida consumida pelo paciente está sendo rastreada pelas equipes de vigilância sanitária, em parceria com a Polícia Civil, Procon e outras autoridades de segurança. A SES busca identificar a origem para barrar a circulação no mercado.
Caso em Água Boa
Um profissional de marketing de 27 anos, morador do município de Água Boa (MT), perdeu a visão após ser intoxicado por metanol devido ao consumo de bebida alcoólica adulterada, na semana passada, segundo a família. O paciente está internado no Instituto de Neurologia de Goiânia (GO) desde segunda-feira (20) para tratamento com o antídoto fomepizol.
Segundo a irmã do paciente, Iara Thomae, ele começou a passar mal no último dia 16 e no mesmo dia procurou o Hospital Regional de Água Boa. Ela contou que o irmão havia consumido, na noite anterior, uma garrafa de uísque, comprada em um estabelecimento comercial do município.
O jovem ficou internado por dois dias em Água Boa e os médicos identificaram sintomas compatíveis com os de intoxicação por metanol. A família, no entanto, pediu pela alta do jovem no sábado (18) e alegou falta de procedimentos adequados na unidade diante do caso.
Fonte: primeirapagina





