A pesquisa aponta que 56% dos cuiabanos afirmaram ter lido livros nos últimos 12 meses, enquanto 17% negaram. O cinema, que costuma ter ampla penetração em outras capitais, teve 45% de participação, enquanto 15% dos moradores nunca foram a uma sessão.
O número de pessoas que disseram ter acesso a dança (24%), circo (18%) e concertos (9%) são os únicos que estão dentro da média nacional, enquanto 74% e 78% nunca tiveram acesso a essas experiências.
Quando se trata de locais históricos e shows de música, apenas 36% e 35% da população, respectivamente, participaram, com mais de 30% nunca tendo visitado esses espaços.
A situação é ainda mais preocupante em atividades culturais consideradas de nicho. Museus foram visitados por apenas 15% dos cuiabanos, enquanto 49% nunca os frequentaram. Bibliotecas e teatros tiveram 22% e 24% de público, com 31% e 46% da população, respectivamente, afirmando nunca ter ido.
A pesquisa Cultura nas Capitais, foi realizada pela JLeiva Cultura & Esporte em parceria com o Datafolha e divulgada nesta quarta-feira (27). O estudo nacional sobre hábitos culturais entrevistou 19.500 pessoas em todas as capitais do país, incluindo Brasília. Em Cuiabá, foram realizadas 600 entrevistas entre 26 de abril e 9 de maio de 2024.
Os dados também apontaram que Cuiabá é a capital brasileira que mais consome música sertaneja. O gênero é ouvido por 68% dos cuiabanos, número bem acima da média nacional (34%) e que coloca a capital mato-grossense à frente de Campo Grande (64%) e Goiânia (62%). Entre os entrevistados cuiabanos, 87% se declararam heterossexuais, dado que ajuda a traçar um perfil sociocultural dos ouvintes.
Além do sertanejo, o gospel ocupa o segundo lugar do ranking, com 29%, número que também está acima da média nacional, que é de 24%. Outros gêneros aparecem na preferência dos cuiabanos: gospel (29%), pagode (18%), MPB (16%), pop (15%) e lambada (14%). Apenas 4% disseram ouvir música cuiabana, como rasqueado.
A pesquisa também mostra os meios preferidos para ouvir música. O celular/smartphone lidera com 83%, seguido de som portátil (73%) e rádio (67%). O carro aparece em quarto lugar (60%). Mesmo em menor escala, mídias físicas como CDs/DVDs (18%) e discos de vinil (7%) ainda resistem.
Fonte: Olhar Direto