O modelo já é utilizado em hospitais de referência e foi adaptado para o contexto das UPAs e Policlínicas da capital. As visitas ocorrem diariamente e são realizadas por equipes compostas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, nutricionistas e assistentes sociais. A proposta é avaliar os pacientes de forma integrada, considerando aspectos clínicos, nutricionais, funcionais e sociais.
De acordo com o secretário adjunto de Atenção Secundária, Israel Paniago, a presença de profissionais de diferentes áreas permite tomar decisões mais rápidas e evitar atrasos relacionados a fatores não médicos. “Alguns pacientes permanecem internados por questões sociais, como a falta de acompanhante ou de condições para retorno ao domicílio. Com o assistente social na equipe, essas situações podem ser resolvidas com mais agilidade”, afirmou.
O coordenador das UPAs de Cuiabá, Odair Mendonça da Silva, disse que o acompanhamento conjunto contribui para definir com mais precisão os casos que podem ser encaminhados para a atenção primária ou ambulatorial. “Isso evita a ocupação prolongada de leitos por pacientes que não necessitam mais de cuidados de urgência e emergência”, disse.
A diretora técnica da UPA Verdão, Mayara Cristina Silva dos Santos Kutschenko, relatou que a medida tem colaborado para decisões clínicas e administrativas, especialmente em casos que envolvem recusa de tratamento ou alta hospitalar com acompanhamento familiar. Segundo ela, a atuação conjunta facilita a condução dos casos que exigem avaliação de múltiplos profissionais.
A secretária municipal de Saúde, Lucia Helena Barboza, informou que a implantação da estratégia faz parte de um conjunto de ações voltadas à reorganização do atendimento nas unidades de urgência e emergência.
Fonte: leiagora