Crise na Europa: vendas da Tesla caem 40% enquanto BYD dispara 200%
As vendas da Tesla na Europa caíram 40%, enquanto a chinesa BYD cresceu 200% no mesmo período. Entenda os motivos do declínio da Tesla, o avanço da BYD e a nova realidade da indústria automotiva global.
O mercado de veículos elétricos na Europa está em plena transformação, e os números recentes da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis revelam um cenário preocupante para a Tesla. Enquanto a montadora de Elon Musk enfrenta uma queda de 40% nas vendas, a chinesa BYD experimentou um crescimento impressionante de mais de 200%, consolidando o avanço das marcas chinesas na região.
Vendas da Tesla caem 40% enquanto BYD dispara 200%
A queda da Tesla é ainda mais alarmante por ser o sétimo mês consecutivo de declínio na Europa. Em julho deste ano, a empresa registrou apenas 8.837 novos veículos, um número que contrasta com a ascensão geral da eletrificação no continente.
O próprio CEO da Tesla, Elon Musk, já havia alertado que a empresa “poderia ter alguns trimestres difíceis” pela frente.
Enquanto a Tesla e outras gigantes como Hyundai e Stellantis registram queda de vendas, a chinesa BYD está em ascensão meteórica. Com 13.503 novos registros em julho, a marca teve um aumento de 225% em relação ao ano anterior. Ao todo, os fabricantes chineses de veículos elétricos já detêm 5,9% do mercado europeu, um novo recorde.

Por que a BYD está superando as concorrentes?
Mas por que as marcas chinesas estão superando as ocidentais? A resposta está em uma combinação de fatores:
Preços agressivos: enquanto um Tesla Model 3 ou um Ford Mustang Mach-E custam, em média, de US$ 40 mil a US$ 60 mil, a BYD produz modelos como o Seagull por menos de US$ 10 mil.
Integração tecnológica: segundo o CEO da Ford, Jim Farley, as marcas chinesas oferecem uma tecnologia veicular muito mais avançada.
“Você entra, não precisa parear o celular. Automaticamente, toda a sua vida digital é espelhada no carro”, afirmou Farley, ressaltando a superioridade da integração com marcas como Huawei e Xiaomi.
Apoio estatal: o governo chinês oferece incentivos significativos, que ajudam as empresas a produzir em larga escala e com custos mais baixos.
Farley, que já descreveu a ascensão da China como a “experiência mais gratificante” de sua carreira, resumiu o cenário de forma contundente: “Estamos em uma competição global com a China, e não se trata apenas de veículos elétricos. Se perdermos, não teremos futuro.”
Você acredita que as montadoras ocidentais conseguirão reverter esse cenário? Deixe sua opinião nos comentários e compartilhe se você compraria um carro elétrico chinês.
Leia aqui: Deu ruim? Fábrica da BYD mal começou e já parou; entenda a crise das peças na Bahia
Escrito por
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
Escrito por
Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
Fonte: garagem360