A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga fraudes no INSS aprovou nesta quinta-feira (18) convites para que prestem esclarecimentos o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Marques, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues.
As autoridades participam da apuração de fraudes que podem ter causado prejuízo de R$ 6,3 bilhões a aposentados e pensionistas.
Também foi convidado o ex-advogado-geral da União do governo Jair Bolsonaro, Bruno Bianco, que atuou como secretário de Previdência e Trabalho. A CPMI argumenta que ele validava atos administrativos e alterações legais relacionados a descontos nos benefícios de segurados.
Ao todo, foram aprovados cerca de 170 requerimentos para ouvir dirigentes de associações de aposentados, servidores do INSS e empresários ligados ao esquema investigado.
O presidente da CPMI, senador Carlos Vianna (Podemos-ES), destacou o consenso entre governo e oposição. “É uma demonstração clara do compromisso desta CPMI em dar resposta ao povo brasileiro”, disse.
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) alertou para a necessidade de organizar a lista de convocações, diante da grande quantidade de nomes. Vianna afirmou que haverá prioridade sem deixar de ouvir envolvidos relevantes.
A comissão também aprovou pedido para que o ministro do STF André Mendonça apresente a lista de parlamentares citados na Operação Sem Desconto, da Polícia Federal.
Oitivas em andamento
Nesta quinta-feira, a CPMI prevê a oitiva de seis pessoas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o Careca do INSS, e ao empresário Maurício Camisoti, apontados como operadores do esquema.
A decisão ocorreu após ambos não comparecerem às sessões anteriores, amparados por habeas corpus concedido pelo STF.
Na manhã de hoje, foi ouvido o advogado Nelson Willians, conhecido pelo padrão de vida luxuoso. Segundo o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), seu escritório movimentou R$ 4,3 bilhões em operações suspeitas entre 2019 e 2024, incluindo repasses de ao menos R$ 15,5 milhões a Camisoti.
Willians afirmou não ter ligação com as investigações e evitou responder a algumas perguntas dos parlamentares.
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Fonte: cenariomt