CPI investiga aumento de custos para conclusão do Mercado Miguel Sutil: empresa deve prestar esclarecimentos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o contrato firmado entre a Prefeitura de Cuiabá e a empresa CS Mobi quer explicações sobre o aumento do valor para a conclusão da obra do Mercado Municipal Miguel Sutil e a ampliação de vagas do estacionamento rotativo, que não estavam previstas no contrato.

Segundo o presidente da CPI, Rafael Ranalli (PL), os vereadores receberam a informação de que a empresa teria dobrado o valor do projeto, que inicialmente custaria R$ 60 milhões, e agora quer R$ 120 milhões para a conclusão do mercado.
“A gente quer chegar a uma resposta para orientar o próprio prefeito e a Procuradoria Municipal. Nem a prefeitura, nem a Câmara Municipal querem estar à frente disso sozinhas. Queremos dividir o contrato para que ele seja explicado corretamente: como funciona, como se paga, para onde vai o dinheiro e qual é a vantagem para o cidadão”, ressaltou.
Ele comentou que a comissão recebeu a informação de que a empresa também quer ampliar o número de vagas de estacionamento nas ruas, chegando a quase seis mil. Ranalli explica que essa ampliação preocupa, pois, a cobrança começará a atingir ruas e avenidas residenciais, áreas próximas a hospitais e locais com pouco movimento.
“A empresa já quer aumentar de cerca de 4 mil vagas públicas para 6 mil. Onde essas vagas serão colocadas? Em bairros sem comércio? Porque, assim, você começa a ocupar locais de difícil acesso. Há regiões próximas a hospitais onde não dá para ser tão rígido. A pessoa chega ali em uma emergência, numa necessidade, e precisa daquela vaga. Outra questão que não está clara: as vagas para deficientes e idosos são específicas? Pode estacionar em qualquer uma? Usa-se aquele cartãozinho da Semob? Como vou ter desconto se o carro passa tirando foto? Tudo isso precisa ser muito mais esclarecido, e estamos aqui para isso, para ajudar a população e a nós mesmos”, ressaltou.