“Nós tivemos um relatório bem completo a respeito da CPI dos transportes, nós fizemos diversos apontamentos, a gente colocou ali uma questão muito importante que foi levantada nessa CPI também, a respeito do saldo disponível em cartões dados como inativos, que a ITU nos informou que custa um valor aproximado de R$ 18 milhões de saldo em cartões inativos. Então, a gente precisa verificar o que pode ser feito com essa informação, declarou.
A parlamentar apontou que mais de uma razão explica o fato de esse dinheiro ter sido colocado nos cartões, mas nunca ter sido utilizado. Há uma dúvida agora sobe o que fazer com essa informação, uma vez que o valor entrou no sistema e foi dividido entre as empresas que prestam o serviço de transporte público, mesmo não tendo sido usado pelos usuários.
“Havia-se uma dúvida muito grande a respeito da questão da diferença de valor entre os bilhetes vendidos e os bilhetes utilizados, ou seja, aquilo que é colocado no cartão e aquilo que realmente se passa na catraca, então através da CPI nós fomos contornando as informações, buscando ali as maneiras de descobrir e ver se realmente existe esse fundo, que se falava muito que existia um fundo, para a gente poder descobrir o que acontece com esse valor que era colocado no cartão e que não era utilizado por algum motivo, por diversos motivos, e aí a gente chegou à conclusão de fazer esse questionamento da maneira correta para a MTU e a MTU deu essa resposta de que existem realmente ali um valor de cerca de R$ 18 milhões de créditos em cartões considerados nativos e agora a gente precisa descobrir como tratar isso porque esse valor, segundo a própria MTU, já foi dividido entre as empresas”.
Apesar das possíveis irregularidades encontradas, a CPI não pediu indiciamento de ninguém. “Visualizamos ali também a questão da fiscalização precária, nós vimos que existiu a partir das oitivas uma melhora na fiscalização do transporte público agora nessa gestão e que havia realmente um abandono na gestão passada, que na época da Arsec se tinha muitas dúvidas sobre de quem era o papel da fiscalização do transporte público e agora esse papel já tem ficado mais claro, nós fizemos levantamentos a respeito da questão da tarifa técnica, da tarifa pública, a gente colocou ali uma diversidade de cálculos e informações para poder principalmente informar os órgãos responsáveis a respeito de maiores investigações sobre o assunto”, declarou a parlamentar.
“Eu digo que essa CPI serviu para coletar dados importantes para posteriores investigações por órgãos públicos. Por que eu digo isso? Porque a quantidade, o volume de informações é muito grande, então a gente recebeu ali milhares de planilhas contendo informações sobre gratuidades, milhares de planilhas contendo informações sobre cada linha de ônibus, cada itinerário, cada horário de saída, de chegada e esses dados para serem analisados eles levam muito tempo, mas as informações mais importantes nós fizemos questão de pontuar nesse relatório e colocar também alguns encaminhamentos, tanto para a Prefeitura de Cuiabá, quanto para Semob, quanto para a Cuiabá Regula e alguns encaminhamentos também para o Ministério Público e o Tribunal de Contas”, finalizou.
Fonte: Olhar Direto






