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Política

Correios registram prejuízo recorde de R$ 500 milhões em janeiro

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Os Correios enfrentaram um déficit histórico de R$ 424 milhões em janeiro, o maior prejuízo já registrado para este mês. O relatório interno, acessado pelo portal Poder360, revelou que a estatal arrecadou R$ 1,4 bilhão no período.

Enquanto isso, as despesas atingiram R$ 1,9 bilhão, evidenciando uma situação financeira crítica e em deterioração contínua.

Desde que Fabiano Silva dos Santos assumiu a presidência, houve um aumento constante nas despesas da empresa. As receitas cresceram em janeiro de 2024 e despencaram no início deste ano.

O presidente dos Correios é advogado e foi indicado ao cargo por um grupo de operadores do Direito simpáticos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Silva dos Santos era membro do Prerrogativas.

Em 2024, o déficit preliminar da estatal foi de R$ 3,2 bilhões, e a expectativa para 2025 não é otimista. A empresa informou que “desconhece” os números, mas não os negou e prometeu divulgá-los nos próximos meses.

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O Ministro Da Fazenda, Fernando Haddad (À Esq) E O Presidente Lula (À Dir), Durante Cerimônia De Sanção Da Reforma Tributária — 16/1/2025 | Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

Para enfrentar a queda nas receitas, os Correios elaboraram um plano com o objetivo de zerar o déficit, com investimentos de R$ 2 bilhões entre 2023 e 2024, com recursos próprios. Em 2025, planejam implementar projetos estratégicos voltados para inovação, modernização operacional, inclusão social e expansão para novos mercados.

O presidente dos Correios atribui parte da situação à chamada “taxa das blusinhas”, apontando que a receita de janeiro caiu 13% em comparação a 2022, enquanto os gastos cresceram 19%.

O crescente prejuízo aumenta a pressão pela instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Correios no Senado. A CPI, que já possui assinaturas suficientes, visa a investigar a gestão e os prejuízos recordes da estatal.

Paralelamente, o Ministério das Comunicações formou um grupo de trabalho para revisar a Lei Postal, de 1978. Uma proposta de alteração do decreto foi enviada à Casa Civil, com pressões para a criação de um fundo ou taxa para universalizar o sistema postal.

Além do prejuízo, a estatal enfrenta outros problemas, incluindo a desistência de ações trabalhistas que acarretaram prejuízos bilionários e elevados gastos com benefícios como o “vale-peru”.

Fonte: revistaoeste

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