Economia

Correios planejam fechar 1000 agências e reduzir funcionários: saiba mais!

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Os Correios anunciaram um plano de reestruturação com o objetivo de reverter os déficits registrados desde 2022. A proposta prevê o fechamento de cerca de mil agências próprias em todo o país, o equivalente a 16% das aproximadamente 6 mil unidades mantidas pela estatal.

A estimativa é de uma economia de R$ 2,1 bilhões com o encerramento dessas operações. Considerando também os pontos de atendimento mantidos por meio de parcerias, os Correios contam atualmente com cerca de 10 mil locais de prestação de serviços. A direção da empresa afirmou que as mudanças não irão comprometer o princípio da universalização do serviço postal, que garante atendimento em todo o território nacional.

O plano inclui ainda a redução de despesas totais em R$ 5 bilhões até 2028. Entre as principais medidas estão a venda de imóveis e a implementação de dois Programas de Demissão Voluntária (PDVs), com a expectativa de reduzir o quadro de funcionários em até 15 mil pessoas até 2027.

Segundo a presidência da estatal, cerca de 90% das despesas atuais têm caráter fixo, o que dificulta ajustes rápidos diante das mudanças no mercado. A empresa acumula déficits estruturais anuais estimados em R$ 4 bilhões, atribuídos, em parte, às obrigações de universalização do serviço.

Em 2025, os Correios registraram prejuízo de R$ 6 bilhões nos nove primeiros meses do ano e um patrimônio líquido negativo de R$ 10,4 bilhões. Para reforçar o caixa, a companhia contratou um empréstimo de R$ 12 bilhões com instituições financeiras e ainda busca outros R$ 8 bilhões para equilibrar as contas em 2026.

A direção também avalia, a partir de 2027, uma possível mudança no modelo societário. Atualmente 100% pública, a empresa estuda a abertura de capital, o que poderia transformá-la em uma companhia de economia mista.

O plano prevê ainda a revisão dos benefícios oferecidos aos empregados, incluindo os planos de saúde e de previdência. A expectativa é reduzir em R$ 2,1 bilhões anuais as despesas com pessoal. Além disso, a venda de imóveis pode gerar cerca de R$ 1,5 bilhão em receitas adicionais.

A crise enfrentada pelos Correios é atribuída à queda no volume de correspondências, impactada pela digitalização das comunicações, e ao aumento da concorrência no comércio eletrônico. A estatal afirma que dificuldades semelhantes são observadas em serviços postais de outros países, que também registram prejuízos bilionários.

Fonte: cenariomt

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