A infraestrutura de Belém tem provocado dificuldades para o planejamento da COP30, marcada para novembro. A falta de opções adequadas de hospedagem não é o único desafio enfrentado pelas delegações. Questões relacionadas ao estacionamento de aeronaves e navios também estão travando os preparativos.
O protocolo de segurança para chefes de Estado exige que suas aeronaves fiquem estacionadas em locais de fácil acesso durante eventos internacionais. Isso é feito para garantir que, caso haja um imprevisto, como um problema de saúde, o líder possa retornar rapidamente ao seu país. Durante a , realizada em Baku, no Azerbaijão, em 2024, mais de cem chefes de Estado participaram do evento.
Em Belém, o aeroporto está sendo ampliado para aumentar a capacidade de estacionamento de aeronaves. No entanto, os jatos privados precisarão ser estacionados em aeroportos de cidades vizinhas. A falta de clareza sobre a disponibilidade de espaços adequados para manter as aeronaves próximas ao local do evento ainda é uma preocupação para os membros das delegações. A organização da COP30 não forneceu informações sobre a capacidade exata do Aeroporto de Belém.
Outro problema significativo envolve a infraestrutura portuária da cidade. A falta de locais para atracar navios está atrasando os planos das delegações. Uma fonte do governo brasileiro revelou ao site UOL que China e Estados Unidos haviam planejado enviar transatlânticos, com equipamentos que vão desde carros até água potável. Contudo, esses países foram informados de que não seria possível atracar seus navios em Belém.
A China, por exemplo, planejava enviar cerca de mil pessoas, número semelhante ao enviado para o G20, em 2024. No entanto, o país está refazendo seus planos diante das dificuldades logísticas. Embora os chefes de Estado desses países, como Xi Jinping, da China, e , dos , provavelmente não participem da COP30, suas delegações ainda devem comparecer. Xi Jinping virá ao Brasil em julho para a Cúpula do Brics.
O presidente russo, Vladimir Putin, também ficará de fora, pois enfrenta um mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional. Até o momento, as embaixadas não comentaram o assunto.
Fonte: revistaoeste