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Conversas atuais e históricas sobre indígenas: Entenda a importância do diálogo

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Semana passada teve atos e manifestações sobre os povos indígenas no país. Sexta feira, dia 7 de fevereiro, marca o Dia Nacional dos Povos Indígenas e em torno disso, naquela semana, apareceram notícias maiores sobre essa realidade nacional.

Não sai do debate a proposta de que terra indígena é aquela que a comunidade morava no momento de promulgação da constituição de 1988. É o famoso marco temporal. Lideranças indígenas não aceitam essa decisão, o assunto é motivo de debate e se terá decisão até do Supremo Tribunal Federal.

Esse tema não está de todo resolvido e a comunidade indígena de maneira geral não aceita o sugerido marco temporal.

Apareceu também na semana passada um decreto do governo federal que fortalece a Funai, na fiscalização e proteção dos povos indígenas.

A Funai se empodera para discussão sobre invasão de terras indígenas e até mesmo de atuar em chamados crimes ambientais em tais localidades.

O marco temporal é aprovado pelo pessoal do agro, mas esse fortalecimento da Funai, incluindo poder para discutir invasões de terras indígenas, não agradou gentes do agronegócio.

Mais um assunto sobre índios na semana passada foi a noticia de que o cacique Raoni aceitava que a rodovia 322, que liga as rodovias federais 158 e 163, na região de Confresa, pudesse ser asfaltada.

Até aquele momento não havia essa disposição dos índios da área sobre isso. Houve uma mudança, portanto.

A questão indígena no estado deve merecer mesmo atenção porque é um fato da realidade local num estado que tem na agropecuária a base maior de sua economia, para isso se precisa de terras para cultivo e criação de gado.

E no meio do caminho, em muitos lugares, se tem comunidades indígenas e suas terras.

Um assunto sensível, principalmente no exterior e no Brasil do litoral. Mexer em terras indígenas ou tentar mudar comportamento de povos dessa área é um tema complicado.

Uma mexida equivocada e pode vir cascudos de muitos lugares. Uns com interesses concretos de defesa dos povos indígenas, outros com outros interesses também.

Aproveitando o momento dessa discussão a coluna envereda por caminho já antes transitado. Por que não incentivar que comunidades indígenas, que já sejam aculturadas, não possam ter agricultura e pecuária para seu sustento e até mesmo para ganhar algum dinheiro?

Logo vem à mente o famoso caso dos índios Parecis no norte do estado. Possuem mais de um milhões de hectares de terras e, numa pequena porção dela, estão plantando soja e milho.

Conseguem competir com produtores da região, usando tecnologia e ciência nesse trabalho. O povo Xavante, em outra região do estado, também caminha nessa direção.

Será que poderiam arrendar suas terras para ter outros ganhos? Por que ser eternamente dependente de apoio público se podem ganhar dinheiro usando uma pequena nesga de suas terras?

Por que não fazer no Brasil o que fazem os indígenas no Peru e nos EUA? Enfim, o tema é palpitante e vai fazer parte da vida estadual por muitas décadas à frente.

Fonte: primeirapagina

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