Em 1940, a média de vida no Brasil era de aproximadamente 45,5 anos. Em 2023, esse número subiu para 76,2 anos, e projeções indicam que até o ano 2100 a expectativa de vida poderá alcançar 88,2 anos.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a população brasileira está passando por um processo de envelhecimento.
Para garantir que esse aumento na longevidade seja acompanhado de qualidade de vida, é fundamental realizar um planejamento baseado em pilares essenciais para envelhecer com saúde e bem-estar.
Muitas pessoas acreditam que, ao envelhecer, podem contar integralmente com os filhos para garantir cuidado e apoio.
No entanto, a realidade é que a vida muda e as prioridades também.
Os filhos crescem, formam suas próprias famílias e carreiras, e muitas vezes passam a ter menos tempo e energia para acompanhar os pais como antes.
Além disso, a distância física e emocional pode aumentar, especialmente quando os filhos moram em outras cidades.
Mesmo que haja muito amor, isso não implica obrigação automática de cuidar ou sustentar financeiramente os pais.
Confiar exclusivamente nos filhos pode deixar o idoso vulnerável, sem controle sobre sua própria vida e sem garantias de apoio quando mais precisar.
Por isso, é fundamental que o próprio idoso assuma a responsabilidade pelo seu bem-estar, construindo autonomia e preparando-se para o futuro, independentemente da disponibilidade dos filhos.
Para garantir uma velhice segura, digna e tranquila, é importante fortalecer três pilares fundamentais:
Ter autonomia financeira significa gerir seus próprios recursos com independência, garantindo liberdade para fazer escolhas sobre sua vida, como onde morar e como cuidar de si mesmo.
É essencial manter uma reserva financeira pessoal e evitar depender economicamente de outras pessoas, inclusive dos filhos.
Isso envolve não transferir bens ou dinheiro sem respaldo legal, estabelecer limites claros ao oferecer ajuda financeira e preservar o controle sobre suas finanças.
Esse pilar destaca a importância de não depender unicamente dos filhos ou da família para sentir-se feliz e realizado.
Construir amizades fora do círculo familiar, desenvolver interesses pessoais, manter projetos e cultivar relacionamentos com vizinhos, amigos e grupos da comunidade ajudam a fortalecer a independência emocional.
Além disso, é fundamental evitar situações de manipulação afetiva e chantagens emocionais.
Envelhecer bem passa por assumir a responsabilidade pela própria saúde, cuidando do corpo e da mente de forma consciente e planejada.
Isso inclui manter hábitos alimentares saudáveis, praticar exercícios regularmente, fazer exames médicos periódicos e organizar a documentação necessária, como testamentos e procurações.
Também é importante definir antecipadamente as decisões sobre tratamentos médicos, garantindo que suas vontades sejam respeitadas.
Portanto, a responsabilidade pelo próprio bem-estar, segurança e dignidade na velhice deve estar nas mãos do próprio idoso.
É ele quem deve construir sua autonomia e preparar-se para o futuro, independentemente da disponibilidade dos filhos.
Fonte: curapelanatureza