O prêmio que os oferecem pela captura do ditador do proposto pela caça, no passado, a dois grandes inimigos: Saddam Hussein e Osama Bin Laden.
Enquanto os norte-americanos anunciam agora US$ 50 milhões (R$ 275 milhões) por Maduro, o início dos anos 2000 exibia um cenário mais econômico. Tanto o ditador iraquiano Saddam Hussein quanto o terrorista saudita Bin Laden tinham suas cabeças negociadas a um valor 50% menor: US$ 25 milhões.
A diferença talvez dê uma ideia de quanto Donald Trump preocupa-se sobretudo com a estabilidade política em meio à sobrevivência de regimes autoritários na região. São os casos de Venezuela e Cuba, por exemplo. Pode levar também a suspeitas sobre o nível de negligência e tolerância dos governos progressistas.
Em tese e historicamente, Saddam e Bin Laden representaram figuras proporcionalmente muito mais nocivas à hegemonia norte-americana. O iraquiano confrontou diretamente os EUA. Ele ensaiou o uso de armas químicas. Desafiou a influência ocidental no Oriente Médio. Mais grave: causou morte e ferimento a centenas de norte-americanos, além de exigir um custo bilionário (financeiro e político) durante os conflitos.
Bin Laden foi mais longe. O saudita venerado no Afeganistão levou os terroristas ao delírio sobretudo em 2001, quando ordenou o desmanche das Torres Gêmeas. Não bastasse, passou quase uma década zombando da eficiência norte-americana que tentava capturá-lo. Somente em 2 de maio de 2011 ele foi pego, morto e jogado ao mar.
Maduro, por sua vez, traduz para os EUA temor em pelo menos 5 frentes. O alinhamento com potências rivais. A base de uma influência hostil na América Latina. A manutenção de um território fértil para o tráfico de drogas e o crime organizado. O abrigo a grupos armados. E, do mesmo modo, o controle de recursos energéticos estratégicos, como o petróleo.
Fonte: revistaoeste