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Autoajuda

Como o Autoconhecimento e o Apoio Familiar Podem Ajudar no Manejo da Dor da Fibromialgia

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A incapacidade física, a percepção de dor e a redução da qualidade de vida, comumente presentes nos pacientes com fibromialgia, contribuem para que sintomas ansiosos e depressivos estejam presentes em mais de um terço dos diagnosticados.

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Isso porque, as atividades cotidianas, os padrĂ”es de comportamento e a dinĂąmica familiar sĂŁo capazes de gerar, manter e aumentar a magnitude da dor ou serem consequĂȘncia dela, interferindo na interpretação e percepção de estĂ­mulos nocivos, explica Thais Brito Vilela, psicĂłloga especialista em dor pelo Hospital Albert Einstein.

Por consequĂȘncia, ela acredita que aprender a gerenciar os sintomas e a manter o foco no cotidiano, descobrindo como nĂŁo tornar os ambientes estressores, as dificuldades de relacionamento e as frustraçÔes tornarem-se gatilhos de sensaçÔes de dor, aumenta o entusiasmo dos pacientes pela busca de uma qualidade de vida. “A dor e a fadiga estarĂŁo presentes, mas a constĂąncia Ă© a saĂ­da para viver melhor, apesar da doença. Acredito que a experiĂȘncia – como estar aberto para outras possibilidades de ação, começar as coisas aos poucos e de forma constante sĂŁo o segredo”, orienta a psicĂłloga.

Para isso, o processo terapĂȘutico pode ser um aliado, jĂĄ que identificando quais partes da vida do paciente foram comprometidos pela fibromialgia, e quais podem ser modificados, o psicĂłlogo contribui para que a pessoa viva com mais significado, mesmo com a presença dos sintomas.

Nisso concorda Janaína, intérprete de libras e líder voluntåria da Associação Nacional de Fibromiålgicos (Anfibro), que após iniciar a terapia, aprendeu a lidar com as dores e tensÔes diårias, buscando equilibrar a mente, corpo e espírito.

Apoio da famĂ­lia Ă© essencial

Janaína precisou buscar uma recolocação profissional devido a dor incapacitante, e apenas aos 39 anos foi diagnosticada com fibromialgia, após investigar por quase vinte anos a causa das dores persistentes. Contudo, ao
receber o diagnĂłstico, embora tenha experimentado um alĂ­vio por ter a certeza
de que as dores não eram fruto da sua imaginação, não se sentiu acolhida por
seus familiares e amigos.

Isso acontece, segundo ThaĂ­s, porque os amigos e a famĂ­lia do paciente seguem o ritmo do desconhecimento, aumentando o sofrimento da pessoa ou por a estimularem, de maneira disfuncional, para assumir atividades cotidianas desgastantes, ou por reforçarem comportamentos de dependĂȘncia. “É
importante nĂŁo ser um juiz de limitaçÔes dizendo coisas como: ‘outro dia sem se
levantar da cama’ e nĂŁo desencorajar movimentos de melhora, dizendo: ‘se vocĂȘ
fizer isso, vai piorar a sua dor”, orienta a especialista em dor.

Pelo
contrĂĄrio, a psicĂłloga orienta que nĂŁo inferir ou subestimar o sentimento do
paciente Ă© a melhor forma para demonstrar aceitação de sua condição. “Manter-se
aberto para lidar com os desconfortos das mudanças na rotina, acreditando e
respeitando o relato de dor, fadiga, sonolĂȘncia, irritabilidade ou sensação de
incapacidade” Ă© a melhor forma para famĂ­lia contribuir com o tratamento.

Infelizmente,
Janaína não teve essa sorte. “Meu relacionamento não resistiu às crises de dor,
humor, chateação e choro. As pessoas me relataram que por sentirem-se
impotentes e não saberem como me ajudar, preferiam me deixar sozinha até eu
melhorar, tornando o processo mais sofrido”, lamenta a voluntária.

Por isso,
somado ao tratamento do paciente, a busca da famĂ­lia pelo conhecimento, Ă©
primordial para o gerenciamento da dor. “Nos dias difĂ­ceis, a autocompaixĂŁo Ă© a
melhor ferramenta para contribuir com o controle da doença e seu próprio
acolhimento”, conclui Thaís.

Fonte: semprefamilia.com.br

Sobre o autor

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FĂĄbio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo