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Como Lidar com Sofrimento Causado por Pessoas Próximas: Estratégias para Enfrentar Desafiosinterpessoais

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Alguns meses atrás, uma mulher de 64 anos entrou no consultório sem exames, laudos ou queixas físicas. Sentou-se, respirou fundo e disse algo que me marcou profundamente:

“Doutora… estou morrendo. E não é uma doença no corpo que está me matando.”

Logo em seguida, desabou em lágrimas e revelou uma verdade que escuto com frequência inquietante:
as pessoas que ela mais amou estavam destruindo sua saúde emocional — e, como consequência, sua saúde física.

Infelizmente, esse não é um caso isolado. A cada ano, mais idosos chegam com ansiedade, tristeza profunda, noites mal dormidas, cansaço extremo e até doenças que não têm origem biológica, mas emocional.

O que os adoece não é o corpo — são os vínculos tóxicos.

O cérebro passa por mudanças importantes nessa fase: aumenta a tolerância, diminuem os limites e cresce a necessidade de manter a paz.

O desejo de conciliar e perdoar se intensifica, mas isso pode transformar pessoas bondosas em alvos fáceis de manipulação emocional.

Surge também o que muitos chamam de “sensação de tempo ficando curto”, o impulso de resolver tudo e evitar conflitos. E é justamente aí que mora o perigo.

Conviver com gritos, cobranças, chantagens, humilhações ou desprezo faz o corpo liberar excesso de cortisol.

Essa substância, quando elevada por longos períodos, provoca:

Já vi pessoas envelhecendo anos em poucos meses devido a vínculos destrutivos.

Vive em crise e sempre precisa de você. Faz você se sentir culpado se não estiver disponível. Não quer melhorar — quer manter seu controle.

Pode ser parente, parceiro ou conhecido. Enxerga você como fonte de dinheiro. Cada “emergência” é uma forma de tirar sua independência.

Usa sua idade para ajustar contas antigas. Cobra, manipula e nunca se satisfaz.

Laços familiares podem ser nutritivos — ou podem destruir quem você é.
Perdoar sempre, aceitar tudo e se sacrificar sem limite não é amor. É anulação.

A solidão assusta. E, quando a pessoa perdeu amigos, parceiros ou sua rotina de trabalho, torna-se mais vulnerável a aceitar migalhas de afeto — mesmo quando fazem mal.

  1. Avalie todas as suas relações com sinceridade.
  2. Identifique seu padrão de agradar.
  3. Procure apoio: terapia, grupos, amigos confiáveis.
  4. Proteja sua vida financeira.
  5. Resgate sua identidade além dos papéis familiares.

Existem vínculos verdadeiros — filhos carinhosos, amigos leais, novos amores. Mas para que eles entrem, é preciso abrir espaço e fechar portas para quem machuca.

Dói cortar relações importantes, mas essa dor liberta. Muitas vezes, perder alguém tóxico significa recuperar a própria vida.

Depois dos 60, a vida não termina — ela pode começar de novo. Ainda dá tempo de viver com paz, alegria, autonomia e amor verdadeiro. O melhor momento para isso é agora.

Fonte: curapelanatureza

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