Preparar joelho de porco cozido é entrar num território não muito explorado pela maioria de nós. Mas, eu garanto para você que vale muito a pena!
O cheiro vai tomando a cozinha aos poucos, a carne vai cedendo, e quando você percebe, o osso quase se desprende sozinho. É comida de tempo, de cuidado e de ponto certo.
Receita de joelho de porco cozido na panela
Antes de entrar nas dúvidas mais específicas, vamos ao preparo completo do joelho de porco cozido.
Ingredientes
- 1 joelho de porco inteiro (1,2 a 1,5 kg)
- 1 cebola grande picada
- 4 dentes de alho amassados
- 2 folhas de louro
- 1 colher (chá) de páprica doce
- Pimenta-do-reino moída na hora, a gosto
- Sal (vá com calma no início)
- 1 colher (sopa) de óleo ou banha
- Água quente quanto baste
- Cheiro-verde para finalizar (opcional)
Modo de preparo
- Primeiramente, comece aquecendo a panela em fogo médio e coloque o óleo ou a banha. Assim que aquecer, junte o joelho de porco inteiro e sele bem todos os lados.
- Em seguida, acrescente a cebola picada e deixe refogar até ficar bem macia. Logo depois, entre com o alho e mexa só até perfumar.
- Coloque o louro, a páprica e a pimenta-do-reino. Misture tudo e cubra o joelho com água quente, deixando cerca de dois dedos acima da carne.
- Logo depois, abaixe o fogo, tampe a panela e deixe cozinhar lentamente por cerca de 2 horas, virando a peça na metade do tempo.
- Passado esse período, espete com um garfo. Se entrar fácil e a carne estiver começando a se soltar do osso, está no caminho certo. Ajuste o sal nesse momento.
- Por fim, cozinhe mais alguns minutos, se necessário, até atingir o ponto desejado. Finalize com cheiro-verde e sirva com o caldo bem quente.
Quanto tempo o joelho de porco precisa cozinhar para ficar macio de verdade?
O joelho é um corte cheio de colágeno, fibras firmes e osso grosso, então o tempo não é negociável. Em média, o joelho de porco cozido leva de 1h45 a 2h30 em panela comum, dependendo do tamanho da peça e da intensidade do fogo.
Agora, olha esse detalhe importante: não é só o relógio que manda. O ponto certo do joelho de porco cozido aparece nos sinais.
O garfo entra sem resistência, a carne começa a se afastar do osso e o caldo fica mais encorpado, quase levemente gelatinoso quando esfria um pouco. Isso é o colágeno fazendo seu trabalho.
Alguns erros comuns atrapalham esse processo:
- Fogo alto demais: cozinha rápido por fora, mas endurece por dentro.
- Pouca água: o caldo seca antes da carne amaciar.
- Virar a peça o tempo todo: isso quebra fibras antes da hora e deixa o cozimento irregular.
Se o joelho for maior que 1,5 kg, já considera aumentar o tempo em 20 a 30 minutos. E, se perceber que ainda está firme após 2 horas, não se desespere.
Acrescente um pouco mais de água quente, tampe novamente e deixe seguir no fogo baixo. Cozinha boa respeita o tempo do ingrediente, simples assim.
Dá para aproveitar o caldo e a carne que sobra do joelho de porco cozido?
Dá, e muito. Aliás, jogar fora seria desperdício total de sabor. Depois do cozimento, você tem dois tesouros: a carne macia e um caldo encorpado. Cada um rende coisas diferentes.
Começando pela carne:
- Desfie grosso e use em sanduíches quentes.
- Pique e refogue com cebola para recheios.
- Misture com legumes e finalize com o próprio caldo.
Agora, o caldo:
- Coe ainda quente.
- Espere esfriar para retirar o excesso de gordura da superfície.
- Use como base para feijão, lentilha ou legumes cozidos.
Um aviso rápido antes das ideias: prove o caldo do joelho de porco cozido antes de reutilizar. Às vezes ele concentra sal e precisa ser diluído com água.
Erros comuns aqui incluem ferver demais na reutilização (o caldo fica pesado) ou misturar com ingredientes muito fortes logo de cara. Vá com calma.
A melhor parte é que, no dia seguinte, o sabor fica ainda mais redondo. Aquela comida que parece que “assentou”, sabe? Pois é. Aproveitar as sobras não é improviso; é extensão do prato.
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Conclusão
Enfim, fazer joelho de porco cozido é aceitar que algumas receitas pedem mais tempo do que pressa. E tudo bem.
Se tiver que guardar uma coisa só, que seja isso: maciez vem com tempo e umidade. O resto se ajeita. Temperos bem escolhidos, fogo controlado e atenção aos detalhes já colocam você num caminho seguro.
Então, da próxima vez que pensar nesse prato, lembra que ele não pede pressa. Pede presença. E quando chega no ponto certo, você percebe na hora. Sem dúvida.
Bom apetite e até a próxima!
Fonte: espetinhodesucesso






